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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Jorge Félix, afirmou neste sábado (16) que a prioridade do governo brasileiro no Haiti neste momento é "salvar vidas". Ele minimizou a possibilidade de uma disputa com os Estados Unidos pelo comando das ações humanitárias no país após o anúncio do envio de 10 mil militares norte-americanos ao Haiti.

Félix ressaltou que o mandato dado ao Brasil pela Organização das Nações Unidas é para coordenar as forças de paz naquele país, mas enfatizou que o momento é de ajuda humanitária.

"O importante é salvar vidas, resgatar as pessoas que sobreviverem e permitir que elas adquiram o mínimo de possibilidade de sobrevivência. (...) A nossa atitude é de cooperação e de integração. De forma alguma é atitude de confrontação", disse Félix.

Félix chefia o gabinete de crise formado por vários ministérios para trabalhar no auxílio ao Haiti. Ele enfatizou que o mandato brasileiro é para o controle das forças de paz na área de segurança.

O almirante Paulo Zucaro, subchefe de controle do estado maior da Defesa, destacou que teria de ser feita uma alteração no mandato para que o Brasil pudesse se dedicar de uma forma maior à ajuda humanitária.

"No momento, o nosso batalhão está empenhado em continuar cumprindo tarefas. Entendemos que o auxilio humanitário pode ficar sob a égide de outras instituições, mas é possível que uma nova resolução dê outro mandato e é possível até que toda a parte humanitária fique com Minustah".

Zucaro minimizou o envio de tropas dos Estados Unidos ao justificar que o envio de ajuda humanitária tem de ser acompanhado por contingente militar. "Ajuda humanitária sem segurança é temerária. É natural que países que mandem ajuda humanitária estejam enviando militares".

O embaixador Antonio Simões, subsecretário-geral da America do sul do Itamaraty, afirmou que apesar de o mandato restringir a ajuda à área de segurança, o Brasil tem auxiliado também com a parte humanitária porque a situação é limite. "Ainda não é hora de discutir questões jurídicas", disse o embaixador.

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