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O prefeito de Moscou, Yuri Luzhkov, afirmou neste sábado que deve ser criminosa a causa do incêndio que matou 45 mulheres num hospital para reabilitação de viciados . O incêndio ocorreu na ala feminina do estabelecimento, e todas as vítimas eram mulheres, duas das quais funcionárias. Elas morreram antes da chegada dos bombeiros.

O incêndio deixou também 12 feridos, que estão em estado grave, segundo a agência Itar-Tass, citando fontes do Hospital para Tratamento de Drogas número 17. Havia 177 pacientes e 15 funcionários no prédio.

- É um incidente muito grave e desagradável - disse o prefeito de Moscou, Yury Luzhkov. - O mais provável é que se trata de um incêndio criminoso.

Os bombeiros levaram uma hora para apagar o incêndio, segundo a mídia russa.

- O fogo começou no refeitório do edifício. Quando os bombeiros chegaram, uma espessa fumaça estava se espalhando - disse o chefe dos bombeiros de Moscou, Viktor Klimkin, em declarações divulgadas pela Itar-Tass.

Bombeiros entrevistados pela TV russa disseram que muitas das vítimas não conseguiram fugir porque havia grades nas janelas e que outras morreram enquanto dormiam por causa da fumaça.

Um bombeiro disse que uma das saídas de emergência estava tapada. Algumas das vítimas podem ter morrido por causa da fumaça tóxica liberada pelo fogo em uma camada plástica que cobria paredes.

O chefe do corpo de bombeiros disse que inspetores, em março, tinham pedido o fechamento do hospital.

Boa parte dos 18 mil incêndios registrados por ano na Rússia se deve a descaso pelos padrões de segurança e por desinteresse público, segundo a agência Associated Press, citada pela rede CNN. O índice de 18 mil incêndios por ano é quase dez vezes maior do que aquele registrado nos Estados Unidos.

Diante da queixa, na Justiça, sobre as violações de segurança no hospital, um tribunal se limitou a dar advertência aos proprietários.

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