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Os incêndios devastam nesta terça-feira (28) pelo quinto dia consecutivo parte da Grécia, com pelo menos 56 focos ativos, com um saldo de 64 mortos, dezenas de feridos e milhares de pessoas desabrigadas, informaram os bombeiros. As regiões mais afetadas são Ilias, no Peloponeso, a oeste de Atenas, e a ilha de Eubéia, a leste da capital. Forças gregas e estrangeiras lutam por ar e terra contra as chamas.

Desde sexta-feira (24), 95 bombeiros ficaram feridos, sete deles em estado grave, com queimaduras e contusões, informou o porta-voz dos bombeiros gregos, Nikos Diamantis.

A localidade de Zeta, em Eubéia, passou uma noite especialmente difícil. Vários povoados próximos foram evacuados. Os gregos contam com o apoio de helicópteros suíços e bombeiros israelenses, húngaros, cipriotas e portugueses por terra. Também há dois hidroaviões espanhóis, quatro aviões-tanque franceses e um italiano. No total, já são 19 os países que enviaram à Grécia unidades de bombeiros para ajudar nos trabalhos de extinção das chamas.

A Justiça grega condenou a dois anos de prisão um homem considerado culpado de ter provocado um incêndio, anunciou Diamantis. Ele foi sido detido na segunda-feira, na localidade de Mégara, perto de Atenas.

Gregos fogem de incêndios

Milhares de gregos abandonaram suas casas na segunda-feira (27) para fugir dos incêndios, que continuaram fora de controle pelo quarto dia consecutivo. O porta-voz do serviço de bombeiros, Giorgos Stamulis, declarou que nesta segunda-feira foram detectados 35 novos focos, com maior intensidade nas áreas de Élida, Messínia e Arcádia, no Peloponeso, e na Eubéia.

Alvo de críticas, as autoridades gregas enviaram helicópteros para resgatar pessoas cercadas pelo fogo em vilarejos isolados. O governo do primeiro-ministro Costas Karamanlis negou que não tenha tomado providências rápido o suficiente para evitar que os incêndios se espalhassem do sul do Peloponeso até Atenas e à cidade de Ioannina, no norte do país, e afirmou que se trata de incêndios criminosos.

"Não pode ser acidente", disse o porta-voz do governo Theodore Roussopoulos sobre os incêndios que destruíram vilarejos inteiros, acrescentando que o governo vai manter a data programada para as eleições parlamentares, 16 de setembro.

No Peloponeso, um forte centro turístico, colunas de fumaça negra erguiam-se de florestas de pinheiros e plantações de oliveiras, às vezes encobrindo até o sol. "Está vindo para nós, olhe!", disse uma mulher coberta de fuligem na cidadezinha de Skillountia, com o fogo a cerca de 500 metros de distância. "Para onde vou? Se o fogo chegar mais perto tenho que abandonar minha casa, que é tudo o que tenho".

No domingo (26), os bombeiros ganharam a batalha contra o fogo para salvar Olímpia, o berço dos Jogos Olímpicos, na península do Peloponeso, contendo o fogo que ameaçava os estádios que sediaram os primeiros jogos olímpicos e templos da Antiguidade. Mas, além do Peloponeso, no Sudoeste do país, também foram registrados focos de incêndio na região central da Grécia.

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