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Premiê interino da Itália, Mario Monti (centro), tem sido elogiado pelo FMI por suas decisões | Tony Gentile/Reuters
Premiê interino da Itália, Mario Monti (centro), tem sido elogiado pelo FMI por suas decisões| Foto: Tony Gentile/Reuters

A dez dias das eleições gerais que definirão o sucessor do primeiro-ministro interino Mario Monti, a incerteza política está pesando sobre o sentimento dos investidores e passou a ser precificada pelos mercados locais.

Nas últimas duas se­­ma­­nas, declarações de Ber­­lusconi sobre impostos e a investigação sobre o banco Monte dei Paschi contribuíram para derrubar as bolsas europeias.

Nos últimos 30 dias, a Bolsa de Milão acumulou queda de 5,20%. "Os acontecimentos na Itália estão lançando uma sombra negativa sobre o rali dos ativos de risco", afirma o estrategista Richard Gilhooly, da TD Securities.

Na reta final da campanha eleitoral, ganha força o temor de que o próximo governo não dê continuidade às reformas estruturais iniciadas pelo governo tecnocrata de Monti. Ao mesmo tempo, autoridades europeias já alertaram que as reformas são essenciais para a recuperação da terceira maior economia da zona do euro.

O Fundo Monetário In­­ternacional (FMI) elogiou Monti por tomar "corajosos passos" para melhorar a saúde fiscal do país e afirmou que seu sucessor deve dar continuidade às reformas iniciadas por Monti. "Acreditamos que o fundamental agora é continuar com a implementação dessas reformas para garantir sustentabilidade e recuperar rapidamente o crescimento na Itália", disse o porta-voz do FMI, Gerry Rice.

Já a Confederação Ge­­ral da Indústria Italiana (Con­­findustria) reconhece que a incerteza política continua a ser uma ameaça à recuperação econômica nascente na Itália. É essencial, apela a organização empresarial, que as eleições levem a uma maioria sólida com foco nas reformas e no crescimento.

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