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A ativista Irom Sharmila, presa há 14 anos por fazer uma greve de fome contra o governo da Índia, será colocada em liberdade devido à ordem de um tribunal que não encontrou indícios de "tentativa de suicídio".

Uma corte de Imphal, capital do estado de Manipur, no nordeste do país, concluiu nesta terça-feira (19) que a promotoria não conseguiu provar que a mulher, de 42 anos, tenta se suicidar, ato penalizado no Código Penal indiano com uma ano de prisão.

O tribunal ordenou a libertação da ativista, mas não anunciou quando ela vai ocorrer. A chamada "Dama de Ferro" jejua para pedir o fim da Lei de Faculdades Especiais das Forças Armadas (AFSPA), que permite às forças de segurança de Manipur - onde há correntes separatistas - "executar e torturar com impunidade", segundo a Anistia Internacional.

Sharmila começou seu jejum em 5 de novembro de 2000, após presenciar o assassinato, por membros do exército, de dez pessoas em uma estação de ônibus na cidade de Malom.

Poucos dias após começar seu protesto, a jovem Sharmila - que na época tinha 28 anos - foi detida sob a acusação de tentativa de suicídio. Desde então, ela ficou internada no hospital carcerário Jawaharlal Nehru, em Imphal, onde cumpre pena reiteradamente, já que, quando a sentença de um ano expira, ela volta a ser detida por manter o jejum.

Com o objetivo de manter Sharmila com vida, o hospital a alimenta por meio de uma sonda.

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