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Nova Délhi (AFP) — A Índia e os Estados Unidos fecharam ontem um acordo de cooperação nuclear civil, segundo anunciaram o presidente norte-americano, George W. Bush, que visita o país asiático, e o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh. Bush classificou o acordo como "histórico". O líder indiano também disse estar satisfeito com o pacto. O contrato, que ainda precisa do aval do Congresso dos EUA, dado como certo, deve permitir que a Índia obtenha, tanto dos EUA quanto de outros fornecedores, combustível e reatores para fins civis.

A Índia, potência militar declarada desde 1998 (após o primeiro teste nuclear de 1974) não assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), o que impede a cooperação do país com integrantes do Grupo de Abastecedores Nucleares (veja ao lado).

Relevância

O desenvolvimento da energia nuclear civil é crucial para a Índia, que importa 70% do petróleo que consome e cujas necessidades energéticas aumentam para acompanhar o crescimento de 8%.

Apesar do sucesso do acordo, pelo menos 15 mil militantes comunistas, conforme a Polícia, protestaram, ontem, em Nova Délhi, contra a visita de Bush, a quem acusam de desejar ditar a política exterior da Índia. Os manifestantes se reuniram perto do centro comercial de Nova Délhi após a convocação de sindicatos e partidos comunistas, aliados cruciais no Parlamento do Governo indiano de coalizão de centro-direita. "Bush, volte para casa", gritavam os manifestantes.

Bush aproveitou a visita ao país para pedir que Índia e Paquistão, onde ele chega hoje, "continuem fazendo progressos em todas as matérias pendentes, inclusive sobre o território da Caxemira", o que foi motivo de duas das três guerras protagonizadas por estas nações desde sua independência, em 1947.

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