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Nesta fotografia tirada em 5 de maio de 2018, parentes choram após o estupro e assassinato de uma menina de 16 anos em 3 de maio, na vila de Raja Kundra, no distrito de Chatra, no estado de Jharkhand, no leste da Índia. A polícia prendeu 14 homens  depois que uma adolescente foi estuprada e queimada viva em sua casa no leste da Índia, no último caso de violência sexual no país. A garota de 16 anos foi sequestrada de sua casa quando sua família estava fora para participar de um casamento e estuprada em uma área florestal do estado de Jharkhand na quinta-feira. | -AFP
Nesta fotografia tirada em 5 de maio de 2018, parentes choram após o estupro e assassinato de uma menina de 16 anos em 3 de maio, na vila de Raja Kundra, no distrito de Chatra, no estado de Jharkhand, no leste da Índia. A polícia prendeu 14 homens depois que uma adolescente foi estuprada e queimada viva em sua casa no leste da Índia, no último caso de violência sexual no país. A garota de 16 anos foi sequestrada de sua casa quando sua família estava fora para participar de um casamento e estuprada em uma área florestal do estado de Jharkhand na quinta-feira.| Foto: -AFP

A polícia indiana anunciou neste domingo (6) a prisão do principal suspeito do estupro e assassinato de uma adolescente queimada viva, o último caso de uma série de agressões sexuais contra mulheres no país.

O chefe da aldeia onde o crime aconteceu também foi preso, e a família da vítima de 16 anos está sob proteção especial da polícia.

O principal suspeito, Dhanu Bhuiyan, foi encontrado na casa de parentes, onde estava escondido desde o ataque contra a jovem em um distrito remoto do estado de Jharkhand (no leste do país).

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A jovem havia sido sequestrada em sua casa na quinta-feira (3) enquanto sua família estava em um casamento. Ela foi estuprada em uma floresta, segundo a polícia local.

A família então apresentou uma denúncia ao conselho de anciãos da aldeia, que na sexta-feira (4) ordenou que dois acusados fizessem cem abdominais e pagassem uma multa de 50.000 rúpias (R$ 2.600).

Furiosos com a sentença, Dhanu Bhuiyan e outros suspeitos espancaram os pais da menina e incendiaram sua casa com a jovem dentro.

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Os conselhos de anciãos geralmente resolvem disputas para evitar o sistema judicial lento e caro na Índia. Embora suas decisões não tenham força jurídica, são respeitadas nas comunidades rurais.

Ao todo, 18 pessoas teriam participado do crime, de acordo com as autoridades. "Já prendemos 15 e estamos em uma caçada para capturar o restante", disse à agência de notícias Reuters o inspetor de polícia do estado de Jharkhand, Ashish Batra.

Mais prisões

Além deles, também foram presas neste domingo sete pessoas suspeitas de terem participado, em casos separados, de estupros de duas adolescentes em estados vizinhos.

Em um deles, em Bengala Oriental (na fronteira com Bangladesh), uma menina de 17 anos também foi queimada viva após ser estuprada — ela está em estado grave no hospital. Uma pessoa foi presa pelo crime.

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Já no estado vizinho de Orissa, outras seis pessoas foram detidas, suspeitas de terem participado de um estupro coletivo de uma menina de 14 anos. Não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde da vítima.

Onda de agressões

Os três casos são o exemplo mais recente da onda de agressões sexuais que o país vive.

Segundo os dados oficiais mais recentes, de 2016, 40 mil mulheres são estupradas por ano na Índia. De acordo com a agência Reuters, em 40% deles a vítima tem menos de 18 anos.

Ativistas dizem que o número real pode ser ainda maior, já que muitos casos não são informados às autoridades.

Em 2012 o país foi palco de uma série protestos contra a violência sexual após uma estudante de 23 anos ter sido estuprada e espancada dentro de uma van em Nova Déli — ela morreu duas semanas depois.

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As manifestações voltaram em 2018 após a divulgação de um novo caso, no qual uma menina de 8 anos foi sequestrada, torturada e morta no estado de Jammu e Caxemira, no norte do país.

Pressionado, o governo anunciou em 21 de abril uma proposta de mudança da lei, aumentando a pena para estupradores e instituindo a pena de morte para o agressor quando a vítima tiver menos de 12 anos.

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