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Milhares de budistas se juntaram na cidade de Mumbai, no oeste da Índia, neste domingo (29) para velar parte das cinzas e da ossada de Buda, numa cerimônia retomada depois de quase dois mil anos.

Monges em túnicas laranjas cantavam hinos, enquanto os restos desciam para dentro de um túmulo raso, colocado sobre um templo de pedra de 27 metros. A cerimônia fez parte das comemorações do aniversário de 2.550 anos do líder espiritual.

Os organizadores afirmaram que essa foi a primeira vez em cerca de dois mil anos que os restos mortais de Buda foram veneradas dessa forma.

"As relíquias agora colocadas nesse magnífico pagode vêm de uma antiga construção descoberta durante uma expedição arqueológica no sul da Índia no início do século 20", disse Acharya S.N. Goenka.

Depois da morte de Buda, os seus restos foram divididos e colocados em oito diferentes monumentos construídos por discípulos pela Ásia.

Mais tarde, eles foram reunidos pelo imperador indiano convertido ao budismo Asoka, que os colocou em vários templos menores há cerca de dois mil anos.

Os restos da cerimônia deste domingo foram encontrados num antigo pagode no sul da Índia em 1920 e eram guardados num monastério budista há mais de 85 anos.

Budistas, alguns deles vindos de outras partes do mundo, como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Camboja, sentaram em meditação dentro do templo, que pode acomodar 8 mil pessoas, muitos olhando para o teto, onde estavam os restos do seu guru.

De acordo com os budistas, os restos do seu líder emitem vibrações e energia espiritual que ajudam na meditação.

Os organizadores declararam que o templo, recentemente construído, é não somente o maior do mundo sem a sustentação de pilares, mas foi construído com milhões de pedras encaixadas, com o uso de uma antiga técnica arquitetônica.

"Não foram usados cimento, concreto ou metal. Não há pilares para sustentar o templo que tem 85 metros de diâmetro", disse Subhash Chandra, budista e magnata de mídia.

Leia mais: Reuters/O Globo Online

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