
Sindicalistas, estudantes, trabalhadores e ativistas sociais se reuniram hoje no sul de Manhattan, em Nova York, para uma marcha a favor do movimento Ocupe Wall Street, que pela terceira semana promove a ocupação de um parque próximo ao centro financeiro da cidade.
Na tarde de ontem, toda a praça Foley, ponto de encontro para a caminhada, e quarteirões vizinhos estavam tomados por manifestantes, que distribuíam jornais e repetiam gritos de guerra.
"Somos 99%. Somos grandes demais para falhar", gritavam, em referência ao slogan repetido durante a crise econômica de 2008, segundo o qual o governo não poderiam deixar grandes empresas quebrarem. "Eles disseram que precisavam resgatar Wall Street. Três anos depois, não temos empregos."
"A forma como nossa sociedade é agora direcionada não funciona para 99% da população", denunciou Michael Mulgrew, presidente da Federação Unida de Professores, que ontem manifestou apoio aos manifestantes e orgulho pelo fato de eles serem jovens em sua maioria.
O alvo dos manifestantes é o que eles chamam de "1%" de executivos e outras poucas pessoas que se beneficiam da manutenção dos atuais sistemas financeiro e bancário nos Estados Unidos.
Representantes de funcionários do setor de transporte, de enfermeiras, de professores, entre outras profissões, tentavam convencer passantes a aderirem ao ato.
Pela primeira vez desde o início do acampamento no Zuccotti Park, no dia 17 de setembro, os cartazes propunham medidas mais concretas contra a crise financeira. Uma das mensagens mais repetidas na manifestação era "taxe Wall Street" e "taxe os milionários", medida em discussão nos EUA.
Embora o número de oficiais monitorando a passeata fosse grande, não havia tensão entre manifestantes e polícia.



