
O candidato republicano para a eleição presidencial de novembro de 2012 só será definido nas primárias, que começam dentro de três meses, mas se confirmarem-se as expectativas e Mitt Romney for mesmo o nome do partido, ele tem chances de sair na frente. Segundo uma pesquisa da Universidade de Quinnipiac divulgada ontem, o ex-governador de Massachusetts tem 46% das intenções de voto, quatro pontos à frente de Barack Obama.
A pesquisa mostra ainda que Romney continua à frente na corrida republicana, com 22% dos votos, contra 17% do empresário Herman Cain e 14% do governador do Texas, Rick Perry.
Se o candidato republicano fosse Perry, que despencou nas pesquisas sobre as primárias nas últimas semanas, ele teria 45% dos votos, contra 44% de Obama a margem de erro da pesquisa é de dois pontos. O governador do Texas, no entanto, teria que superar a desconfiança dos eleitores: 42% dos entrevistados disseram não saber o suficiente sobre ele para emitir uma opinião.
A posição confortável de Romney foi reforçada na terça-feira com a desistência do governador de Nova Jersey, Chris Christie, que se entrasse na disputa estaria empatado com o ex-governador de Massachusetts, segundo a sondagem. Primeiro governador republicano em quase dez anos em Nova Jersey, um estado tradicionalmente democrata, Christie era considerado dentro do partido uma das figuras mais fortes para vencer Obama.
A pesquisa da Universidade de Quinnipiac, feita entre 27 de setembro e 3 de outubro com 2.118 eleitores, aponta que 54% dos americanos acreditam que Obama não merece ser reeleito.
Reprovação
Outra pesquisa, divulgada na segunda-feira, mostrou que apenas 37% dos eleitores acreditam na reeleição do presidente, cuja reprovação, como anunciado em setembro, superou pela primeira vez a marca de 50%. Entre os democratas, a confiança numa vitória em 2012 fica em 60%, bem abaixo dos 83% dos republicanos.
Na segunda-feira, Obama afirmou que aceita a ideia de que não será o favorito na eleição presidencial de 2012 na qual tentará ser eleito para mais quatro anos à frente do governo dos Estados Unidos, mas se disse determinado a fazer campanha como campeão da classe média do país.
O presidente reconheceu que o principal problema para sua reeleição é a economia. O lento crescimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos ainda está longe de ter retomado um ritmo que permita recuperar mais de oito milhões de postos de trabalho perdidos devido à recessão de 2007-2009. A taxa de desemprego continua muito elevada, em 9,1%.



