La Paz (AFP) O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, terá duas cerimônias de posse: uma em La Paz, no dia 22, e outra, na véspera, nas ruínas de Tiawanacu, descalço e usando trajes indígenas. O índios vão empossar o boliviano durante um ritual mítico, aos pés dos "achachilas" ou montanhas andinas. Com base em resquícios de uma cultura de quase três milênios, o ritual será presidido pelo "kallaguaya", um xamã aimara auxiliado por 24 "mallkus" (autoridades supremas) da zona, de acordo com um porta-voz da prefeitura de Tiawanacu. Segundo o programa da solenidade, Morales assumirá um compromisso com Pachamama (mãe terra) e Tata Inti (pai sol), em um ritual sobre uma 'huajta' (mesa).
A cerimônia oficial de posse será no dia 22 de janeiro, no Palácio Legislativo de La Paz, com a participação de chefes de Estado e de governo, reis, ministros e delegados de organismos internacionais.
A cerimônia indígena "não reconhecerá apenas o poder político que passará a ter Evo Morales, mas também seu caráter religioso (...) e seu compromisso em trabalhar pelo bem coletivo", disse o antropólogo Carlos Osterman. Tiwanaku foi a cultura de maior duração na América do Sul, de 1580 antes de Cristo a 1172 depois de Cristo. A cidade de Tiawanacu fica a 3.800 metros de altitude e a 71 quilômetros de La Paz.
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