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Desastre natural

Indonésia confirma 376 mortos

Tsunami deixou centenas de desaparecidos. As autoridades afirmam que dois terços foram arrastados pelo mar

Voluntários fazem buscas na região do Monte Merapi, cuja erupção matou mais de 30 pessoas | Dwi Oblo/Reuters
Voluntários fazem buscas na região do Monte Merapi, cuja erupção matou mais de 30 pessoas (Foto: Dwi Oblo/Reuters)
Camponês das ilhas Mentawai dentro de casa destruída pelo tsunami, que ocorreu apenas 10 minutos após terremoto de 7,7 graus |

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Camponês das ilhas Mentawai dentro de casa destruída pelo tsunami, que ocorreu apenas 10 minutos após terremoto de 7,7 graus

Veja o mapa da região |

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Jacarta - As autoridades da Indonésia revisaram ontem para ao menos 376 o número de mortos pelas duas tragédias naturais que abalaram o país nesta semana e indicaram que o vulcão Merapi entrou em erupção novamente. A estimativa é que o saldo final possa alcançar 500 pessoas.

De acordo com as equipes de resgate que trabalham nas ilhas Mentawai, atingidas por um tsunami, o número de mortos subiu para ao menos 343, enquanto so­­mente a erupção do vulcão Me­­rapi, na ilha de Java, já deixa 33 mortos.

É grande ainda o número de desaparecidos. "Mas é provável que dois terços tenham sido arrastados pelo mar", declarou um funcionário do serviço de emergência, Ade Edward. "Sobrevoando a zona, ontem, vimos muitos corpos. Cabeças e pernas que saíam da areia, corpos pendurados em ár­­vores", contou. As buscas se com­­plicam devido ao isolamento das aldeias de pescadores espalhadas pelo litoral das Mentawai – um conjunto de ilhas em frente a Su­­matra.

Um sistema sofisticado e caro de alerta foi instalado ao longo da costa de Sumatra após o terrível tsunami de dezembro de 2004, que matou mais de 220.000 pessoas em vários países asiáticos. Mas as autoridades reconhecem que o sistema não está disponível nas ilhas Mentawai, onde muitos vilarejos não contam com energia elétrica.

O presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono visitou o local ontem para confortar os so­­breviventes e supervisionar a chegada de comida, água e medicamentos. O material de socorro e ajuda começou a chegar às zonas mais afetadas das ilhas Mentawai, três dias depois do terremoto se­­guido por tsunami.

Avião

Para piorar a crise, ao menos três agentes da polícia da In­­do­­nésia morreram ontem e outros dois estão desaparecidos após a queda de um avião que havia acabado de entregar ajuda humanitária aos afetados pelas inundações na Pro­­víncia de Pa­­pua, que ocupa a parte ocidental da ilha de Nova Guiné, informaram fontes policiais.

Os corpos dos três agentes fo­­ram encontrados em estado irreconhecível pelas equipes de resgate, que agora empreendem buscas pelos outros dois policiais em Wa­­mi, na cidade de Nabire.

O avião, um monoplano Sky­­truck de dois turboélices, havia reabastecido no aeroporto de Na­­bire e retornava a Jacarta na quarta-feira quando se chocou contra uma árvore durante uma aterrissagem forçada.

O porta-voz da Polícia Na­­cional, Iskandar Hassan, explicou à im­­prensa que localizaram os restos da aeronave na manhã de ontem graças aos aldeães do lugar e culpou o mau tempo pelo acidente.

Mais de cem pessoas já morreram nas inundações de Papua desde o início de outubro.

Um navio com alimentos, água e remédios chegou a Sikakap, na ilha de Pagai do Norte, onde a falta de estradas em bom estado e os problemas de comunicação prejudicam muito as operações de emer­­gência. No porto, centenas de habitantes eram atendidos, sobretudo por ferimentos provocados pela passagem das sucessivas ondas gi­­gantes que avanaçaram até 600 metros terra adentro. To­­dos os moradores relatavam a brutalidade da catástrofe.

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