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Voluntários fazem buscas na região do Monte Merapi, cuja erupção matou mais de 30 pessoas | Dwi Oblo/Reuters
Voluntários fazem buscas na região do Monte Merapi, cuja erupção matou mais de 30 pessoas| Foto: Dwi Oblo/Reuters

Vulcão

Monte Merapi volta a entrar em erupção na ilha de Java

O vulcão Monte Merapi, na ilha de Java, voltou a entrar em erupção, informaram funcionários da Indonésia ontem, mas até o momento não foram registradas novas vítimas. Na terça-feira, uma erupção do vulcão matou 33 pessoas.

Situado a cerca de 1.300 quilômetros a Leste do local onde o tsunami causou mais destruição, na ilha de Java, o Monte Merapi entrou novamente em erupção por volta das 16h30 (hora local), expelindo colunas de cinza quente, informou o vulcanólogo Subandriyo. Não está claro se a atividade é o sinal de que uma outra grande explosão vá acontecer.

A maioria dos 40 mil moradores foi retirada das proximidades da montanha. Autoridades levaram vacas, búfalos e cabras sobreviventes para baixo para evitar que os moradores voltem para casa para ver como eles estão.

  • Camponês das ilhas Mentawai dentro de casa destruída pelo tsunami, que ocorreu apenas 10 minutos após terremoto de 7,7 graus
  • Veja o mapa da região

Jacarta - As autoridades da Indonésia revisaram ontem para ao menos 376 o número de mortos pelas duas tragédias naturais que abalaram o país nesta semana e indicaram que o vulcão Merapi entrou em erupção novamente. A estimativa é que o saldo final possa alcançar 500 pessoas.

De acordo com as equipes de resgate que trabalham nas ilhas Mentawai, atingidas por um tsunami, o número de mortos subiu para ao menos 343, enquanto so­­mente a erupção do vulcão Me­­rapi, na ilha de Java, já deixa 33 mortos.

É grande ainda o número de desaparecidos. "Mas é provável que dois terços tenham sido arrastados pelo mar", declarou um funcionário do serviço de emergência, Ade Edward. "Sobrevoando a zona, ontem, vimos muitos corpos. Cabeças e pernas que saíam da areia, corpos pendurados em ár­­vores", contou. As buscas se com­­plicam devido ao isolamento das aldeias de pescadores espalhadas pelo litoral das Mentawai – um conjunto de ilhas em frente a Su­­matra.

Um sistema sofisticado e caro de alerta foi instalado ao longo da costa de Sumatra após o terrível tsunami de dezembro de 2004, que matou mais de 220.000 pessoas em vários países asiáticos. Mas as autoridades reconhecem que o sistema não está disponível nas ilhas Mentawai, onde muitos vilarejos não contam com energia elétrica.

O presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono visitou o local ontem para confortar os so­­breviventes e supervisionar a chegada de comida, água e medicamentos. O material de socorro e ajuda começou a chegar às zonas mais afetadas das ilhas Mentawai, três dias depois do terremoto se­­guido por tsunami.

Avião

Para piorar a crise, ao menos três agentes da polícia da In­­do­­nésia morreram ontem e outros dois estão desaparecidos após a queda de um avião que havia acabado de entregar ajuda humanitária aos afetados pelas inundações na Pro­­víncia de Pa­­pua, que ocupa a parte ocidental da ilha de Nova Guiné, informaram fontes policiais.

Os corpos dos três agentes fo­­ram encontrados em estado irreconhecível pelas equipes de resgate, que agora empreendem buscas pelos outros dois policiais em Wa­­mi, na cidade de Nabire.

O avião, um monoplano Sky­­truck de dois turboélices, havia reabastecido no aeroporto de Na­­bire e retornava a Jacarta na quarta-feira quando se chocou contra uma árvore durante uma aterrissagem forçada.

O porta-voz da Polícia Na­­cional, Iskandar Hassan, explicou à im­­prensa que localizaram os restos da aeronave na manhã de ontem graças aos aldeães do lugar e culpou o mau tempo pelo acidente.

Mais de cem pessoas já morreram nas inundações de Papua desde o início de outubro.

Um navio com alimentos, água e remédios chegou a Sikakap, na ilha de Pagai do Norte, onde a falta de estradas em bom estado e os problemas de comunicação prejudicam muito as operações de emer­­gência. No porto, centenas de habitantes eram atendidos, sobretudo por ferimentos provocados pela passagem das sucessivas ondas gi­­gantes que avanaçaram até 600 metros terra adentro. To­­dos os moradores relatavam a brutalidade da catástrofe.

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