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O presidente dos EUA, Barack Obama, mantinha os planos de viajar para a Indonésia na terça-feira, depois que os voos no país foram normalizados nesta segunda-feira, após o caos aéreo provocado por uma erupção vulcânica no fim de semana.

O monte Merapi, na região central da ilha de Java, começou a cuspir lava, gases superaquecidos e nuvens de cinza tóxica há duas semanas, e já matou mais de 130 pessoas, levando à remoção de quase 300 mil moradores da área.

Dezenas de voos de e para Jacarta, situada a cerca de 600 quilômetros do vulcão, foram cancelados no fim de semana, depois que o vulcão expeliu novas nuvens de cinza até uma altitude de 6 mil metros.

As autoridades indonésias disseram que havia segurança para voar, mas várias empresas aéreas internacionais preferiram cancelar vários voos.

Na tarde de segunda-feira (madrugada no Brasil), os serviços estavam praticamente normalizados, exceto por uma empresa filipina.

Mas o aeroporto de Yogyakarta, cidade histórica próxima ao vulcão, continua fechado.

No domingo, autoridade dos EUA disseram estar monitorando a situação por causa da viagem de Obama, que deve chegar na terça-feira ao país, vindo da Índia.

Por causa de problemas internos dos EUA, o presidente já adiou em duas ocasiões sua viagem à Indonésia - país onde viveu na infância. A primeira foi em março, em meio à tramitação da reforma da saúde; a outra, em junho, por causa do vazamento de petróleo no golfo do México.

A agência indonésia de gerenciamento de desastres disse que nuvens de gases tóxicos e quentes continuavam escorrendo pelas encostas do Merapi nesta segunda-feira, atrapalhando os esforços para a criação de uma zona de exclusão num raio de 20 quilômetros em torno do cume.

A Metro TV mostrou imagens aéreas de Borobudur coberta de cinzas. A cidade, cerca de 50 quilômetros a noroeste do vulcão, é considerada patrimônio mundial pela Unesco e abriga um dos maiores templos budistas do mundo.

O país enfrenta atualmente também as consequências de um tsunami nas remotas ilhas Mentawai, na costa de Sumatra, que matou pelo menos 445 pessoas na semana passada.

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