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A entrada da Venezuela no Mercosul, em consequência da suspensão do Paraguai, pode resultar uma "situação inusitada". Essa é a opinião de Luís Alexandre Carta Winter, professor de comércio exterior do Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba).

Se o Paraguai for isolado da união aduaneira amanhã, em Mendonza, na Argentina, o caminho fica livre para a entrada da Venezuela no Mercosul. Afinal, o parlamento que tirou Fernando Lugo do poder era o único que se opunha a entrada dos venezuelanos no bloco.

"É uma questão curiosa. A suspensão possibilita a entrada da Venezuela no Mercosul. Quando o Paraguai voltar ao bloco [depois das eleições, que ocorrem em 2013], o Mercosul terá um país a mais", diz Winter.

Segundo o acadêmico, a volta do Paraguai deve ocorrer na forma de convite dos outros países membros – o que será acertado logo após o fim da suspensão. A situação mais inusitada é a da Venezuela, que, caso entre no bloco, terá de aprovar a volta dos paraguaios, que até agora barraram os venezuelanos.

A inversão de papéis, no entanto, não deve provocar atritos entre as duas nações. "Seria uma decisão tola se os venezuelanos não aceitassem o retorno do Paraguai. O Mercosul é uma estratégia de integração que traz benefícios para todos", afirma o professor.

A admissão da Venezuela na união aduaneira, que já tem o apoio do Brasil, Argentina e Uruguai, pode ser vantajosa para o próprio Paraguai, de acordo com Winters. "O Paraguai cresceu com o ingresso no Mercosul. A integração com a economia venezuelana ajudaria no comércio de produtos dos dois países e na compra de Petróleo, que já existe, mas poderia ocorrer com preços menores".

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