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Chávez teve tentativas frustradas de mediar a libertação de Ingrid | Miraflores Palace / Reuters
Chávez teve tentativas frustradas de mediar a libertação de Ingrid| Foto: Miraflores Palace / Reuters

A ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt terminou seu giro pela América Latina com uma visita a Caracas, onde agradeceu o presidente venezuelano, Hugo Chávez, por seus esforços pela libertação de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ingrid, que foi mantida no cativeiro da guerrilha por seis anos, foi resgatada em julho deste ano numa operação do Exército colombiano, após tentativas frustradas de Chávez de mediar sua libertação.

"Graças a Chávez, seis dos meus companheiros foram libertados pelas Farc entre janeiro e fevereiro e isso eu não esqueço", disse Ingrid na entrada do palácio presidencial. "Sua voz foi o que nos deu esperança e nos fez ver que nossa libertação era possível", acrescentou.

A ex-refém também disse ter certeza que os esforços de Chávez "lhe deram muitas felicidades, mas também muitas dores de cabeça".

"Queria lhe dizer que valeu a pena", disse ela, afirmando que o compromisso do presidente venezuelano "também permitiu que eu conquistasse a liberdade e 15 dos meus companheiros" também, numa referência à operação do exército colombiano que surpreendeu todo o mundo.

Entre agosto e novembro do ano passado, Chávez mediou, a pedido da Colômbia, a negociação com as Farc por uma troca de reféns por guerrilheiros presos. Ele foi retirado das conversas pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, que o acusou de desrespeitar as condições determinadas por seu governo, abrindo uma crise entre os dois países.

Em janeiro e fevereiro deste ano, as Farc entregaram seis políticos que estavam em seu poder a uma comissão de ajuda humanitária liderada pela Venezuela. Segundo a guerrilha, era uma forma de "desagravo" a Chávez.

"Não há espaço neste continente para a luta armada", diz ex-senadoraIngrid pediu ao presidente venezuelano que ajude a libertar os reféns que ainda estão em poder dos guerrilheiros na selva colombiana. Ela disse que ao longo de seu giro pela América do Sul conseguiu o "compromisso" dos presidentes de Colômbia, Equador, Argentina, Chile, Peru, Brasil, Bolívia e Venezuela com a causa dos seqüestrados e, além disso, com a paz em seu país.

"Tenham fé. Há uma cadeia de amor que se construiu por todo o continente que vai nos ajudar a tirar vocês daí", disse Ingrid a seus "companheiros" de cativeiro, a quem garantiu que "este será o último Natal" que passarão longe de suas casas.

Detida pelas Farc quando fazia campanha para a presidência colombiana, em 2002, a ex-refém disse que as Farc devem sofrer uma "mutação genética, uma mudança imensa" e "têm que se dar conta do que não há espaço neste continente para a luta armada".

"No dia em que as Farc entregarem os seqüestrados, deixarão de ser terroristas", disse.

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