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Presidente dos EUA, Donald Trump em Fórum na Columbia. Arquivos pedidos pela Justiça podem comprometer próxima disputa presidencial do republicano.
Presidente dos EUA, Donald Trump em Fórum na Columbia. Arquivos pedidos pela Justiça podem comprometer próxima disputa presidencial do republicano.| Foto: Jim Watson/AFP

Uma juíza ordenou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos entregue à Câmara dos Representantes um testemunho secreto da investigação do ex-procurador especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016, dando uma vitória aos Democratas no momento em que eles procuram evidências para o inquérito de impeachment contra o presidente Donald Trump.

Em uma decisão, na sexta-feira (25), que também confirmou a legalidade do próprio inquérito de impeachment, a juíza distrital Beryl Howell ordenou que o departamento entregue os documentos até 30 de outubro. Uma assessora do Departamento de Justiça disse que o órgão estava revisando a decisão. O governo ainda pode apelar.

A decisão em favor do Comitê Judiciário da Câmara vem num momento em que os Democratas buscam testemunhos de atuais e ex-funcionários sobre os esforços do governo Trump para fazer com que a Ucrânia investigasse Joe Biden, rival político do presidente e pré-candidato democrata à eleição presidencial de 2020.

Os materiais de Mueller podem revelar aos legisladores detalhes ocultos sobre ações de Trump durante a eleição de 2016 e se tornarem parte da pressão pelo impeachment.

A juíza disse que os materiais podem ajudar os parlamentares a decidir quais testemunhas chamar para o inquérito de impeachment e quais linhas de investigação adicionais devem ser seguidas. Em uma decisão de 75 páginas que acompanha a ordem, Howell descartou muitos argumentos do governo para reter os materiais, incluindo a necessidade de continuarem secretos.

“A realidade é que o Departamento de Justiça e a Casa Branca têm impedido abertamente os esforços da Câmara para obter informações por intimação ou acordo, e a Casa Branca declarou categoricamente que o governo não irá cooperar com os requisições do Congresso por informações”, escreveu Howell.

A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que a decisão foi “outro golpe para a tentativa do presidente Trump de se colocar acima da lei”.

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