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O presidente Zine al-Abidine Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita | Afp
O presidente Zine al-Abidine Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita| Foto: Afp
  • Soldado vigia rua do centro de Túnis, capital do país norte-africano

Políticos tunisianos negociaram ontem a formação de um governo de unidade para ajudar a manter a ainda frágil tranquilidade no país do norte da África, três dias depois de o presidente Zine al-Abidine Ben Ali ter sido deposto por violentos protestos.

O presidente do Parlamento, Fouad Mebazza, que assumiu como presidente interino, pediu para que o primeiro-ministro, Mohamed Ghannouchi, forme um governo de unidade nacional, e autoridades constitucionais disseram que uma eleição presidencial deve ser realizada dentro de dois meses.

Especialistas dizem que podem haver mais protestos caso a oposição não seja suficientemente representada no novo governo, e as conversas podem entrar em um impasse sobre a distribuição dos partidos nos gabinetes e quantas pessoas da velha guarda serão incluídas.

Confronto

As forças militares que protegem os arredores do palácio presidencial de Cartago, nas proximidades de Túnis, trocaram tiros com um grande grupo de homens armados que haviam tentado invadir a sede da Presidência tunisiana, segundo informaram algumas testemunhas.

Os agressores, não identificados, poderiam ser partidários do general Ali Sariati, que foi chefe de segurança do ex-presidente Zine el Abidine Ben Ali, foragido na Arábia Saudita. Ao ser repelido pelos militares, o grupo fugiu e entrou nos jardins e casas da região de Cartago. Os agressores estavam armados com pistolas e dispararam indiscriminadamente enquanto buscavam refúgio nos telhados das vilas da região, segundo informou Nasli Hafsia, escritora e testemunha dos incidentes.

Os confrontos se estenderam em direção à área residencial de Gammart, onde muitas embaixadas estão localizadas, informaram fontes da diplomacia europeia. Entre as embaixadas e residências diplomáticas situadas em Gammart, estão as da Espanha, França, Arábia Saudita e Líbano.

Segundo a televisão pública, a polícia tomou conta das instalações da Escola de Altos Estudos Comerciais, que fica próxima ao palácio, e pediram ajuda dos militares por estarem debaixo de fogo.

Alguns sons ocasionais de tiros ouvidos durante a noite constituíram uma diferença marcante em relação à madrugada anterior, que contou com grandes tiroteios.

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