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Em seu terceiro livro sobre o comando de guerra contra o terror, o jornalista Bob Woodward afirma que um ataque contra as tropas lideradas pelos Estados Unidos no Iraque ocorre a cada 15 minutos, mas o governo Bush não diz a verdade ao povo americano acerca do nível da violência contra os soldados americanos. Ele também afirma que, conforme avaliações da inteligência americana, o ano que vem será pior do que este ano no Iraque.

O novo livro se chama "Estado de negação". Antes do lançamento, Woodward - o jornalista que, ao lado de Carl Berstein, fez as investigações que levaram à renúncia do então presidente Richard Nixon por causa do escândalo de Watergate - deu entrevista ao programa "60 Minutes", da rede CBS, que é dona da editora do livro, a Simon & Schuster. A entrevista irá ao ar nos Estados Unidos neste domingo.

Outra revelação do livro está nos contatos freqüentes entre o presidente americano e o ex-secretário de Estado Henry Kissinger, que trabalhou para Nixon. Ele é um conselheiro informal do presidente Bush.

- Agora, qual é o conselho de Kissinger? No Iraque, ele declarou de modo muito simples: 'A vitória é a única estratégia significativa de retirada'. Isto é tão fascinante. Kissinger está lutando a Guerra do Vietnã de novo porque, na visão dele, o problema no Vietnã foi a nossa perda de vontade - disse o jornalista.

Woodward diz que Bush não vai reconhecer uma derrota no Iraque. Ele conta o episódio em que, reunido com republicanos na Casa Branca, o presidente teria dito:

- Não vou retirar, mesmo que somente Laura e Barney sejam os únicos a me apoiarem.

Laura é a primeira-dama americana, Laura Bush, e Barney, o cão de estimação do casal.

Enquanto isso, os Estados Unidos tentam acertar os ponteiros entre os presidentes do Afeganistão e do Paquistão. O paquistanês está agora em Londres, onde um documento acusa seu exército de ajudar o Talibã.

E pesquisa mostra, para maior dor de cabeça de Bush, que os iraquianos querem se ver livres o mais rapidamente possível dos Estados Unidos.

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