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Yekaterina Samutsevich deixa a corte após a decisão que suspendeu a sua condenação | AFP Photo/Natalia Kolesnikova
Yekaterina Samutsevich deixa a corte após a decisão que suspendeu a sua condenação| Foto: AFP Photo/Natalia Kolesnikova
  • Integrantes do Pussy Riot que estavam presas participam da audiência sobre o caso em Moscou

Uma integrante da banda punk russa Pussy Riot foi solta depois do julgamento de um recurso, nesta quarta-feira (10), porém o tribunal manteve as penas de prisão para as duas outras devido a um protesto contra o presidente Vladimir Putin dentro de uma catedral.

A corte de Moscou confirmou as sentenças de dois anos de prisão para Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, mas suspendeu a sentença de Yekaterina Samutsevich.

O advogado de Yekaterina disse que ela não tinha realizado o "protesto punk" perto do altar da Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, em fevereiro, porque tinha sido detida e levada pela polícia antes do acontecimento.

Em declarações emocionadas de dentro de uma cela no tribunal, durante a audiência de apelação, as integrantes da banda disseram que não tinham a intenção de ofender os fiéis com suas ações, mas criticaram os tribunais e o chefe do Kremlin.

"Putin está fazendo de tudo para o desenvolvimento de uma guerra civil neste país", disse Nadezhda, levantando a voz para abafar um juiz que tentou interrompê-la quando ela começou a falar sobre Putin.

Nadezhda, de 22 anos, Maria, de 24 anos, e Yekaterina, de 30, foram condenadas em agosto a dois anos de prisão por vandalismo motivado por ódio religioso por causa de uma "oração punk", em que imploravam à Virgem Maria para livrar a Rússia de Putin.

Em entrevista transmitida no domingo, Putin defendeu as condenações: "É correto que elas tenham sido presas e foi correto que o tribunal tenha tomado esta decisão, porque não se pode minar a moral e valores fundamentais para destruir o país".

Na audiência de apelação, Nadezhda e Maria disseram ao tribunal que seu protesto foi puramente político.

"Nós não quisemos ofender os fiéis", disse Maria ao tribunal. "Nós fomos à catedral para nos expressar contra a fusão entre figuras espirituais e a elite política do nosso país."

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