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Uma integrante da banda Pussy Riot, presa por um protesto contra o governo de Vladimir Putin em uma catedral russa, iniciou nesta quarta-feira (22) uma greve de fome, após ser impedida de participar de uma audiência por um pedido de condicional. Em uma mensagem transmitida de dentro da prisão, Maria Alyokhina, de 24 anos, criticou a decisão do tribunal e pediu a seus advogados que encerrem o processo.

"Em protesto contra a recusa do tribunal em deixar que compareça à audiência, eu estou começando uma greve de fome", afirma Maria. "Nas atuais circunstâncias eu o proíbo todos os meus advogados e representantes de participar desse processo".

O juiz do tribunal de Berezniki, onde Maria está cumprindo a pena de prisão, suspendeu a audiência até quinta-feira. Ela e a companheira de banda Nadezhda Tolokonnikova foram condenadas a dois anos de cadeira por invadir a principal catedral ortodoxa de Moscou, em fevereiro de 2012, e cantar uma música pedindo à Virgem Maria que "Jogue fora Putin."

Maria e Nadezhda foram acusadas de vandalismo motivado por ódio religioso e consideradas culpadas em agosto do ano passado, após um julgamento visto por opositores de Putin como parte de uma repressão à dissidência. Países ocidentais e artistas, incluindo Madonna, criticaram a decisão afirmando que a sentença era desproporcional. No entanto, Putin, um ex-espião da KGB que cultivou laços estreitos com a Igreja Ortodoxa russa, disse que o estado necessário para proteger os fiéis.

Yekaterina Samutsevich, uma terceira integrante da banda, foi libertado em outubro passado quando um juiz suspendeu sua sentença por entender que ela não participou do protesto, pois um guarda a impediu.

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