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Nadezhda Tolokónnikova, integrante do grupo "punk" russo Pussy Riot e condenada a dois anos de prisão, foi transferida nesta segunda-feira (21) a outro centro de detenção, após ter feito uma greve de fome, informaram os serviços penitenciários russos.

"Tolokónnikova foi transferida da prisão IK-14" da república da Mordóvia para outro local, informou um porta-voz dos serviços penitenciários, citado por agências russas, sem especificar o novo lugar de reclusão.

A advogada da jovem, Irina Jrunóva, informou que tinha planejado se encontrar hoje com Tolokónnikova na prisão, mas não foi possível.

"Nadezhda já não está na prisão. Quando cheguei, o fiscal me pegou de surpresa ao informar que ela não se encontrava. Disseram que tinha sido transferida, mas não se sabe para onde", disse.

Tolokónnikova retomou na semana passada sua greve de fome alegando que as autoridades russas tinham descumprido a promessa de transferi-la para outro local.

Segundo seu marido, Piotr Verzílov, Tolokónnikova foi transferida na quinta-feira passada do hospital no qual onde era tratada para o mesmo centro de detenção onde estava antes de ser hospitalizada pela greve de fome, que começou em protesto pelas condições de reclusão.

Em 23 de setembro, a jovem denunciou na imprensa russa graves casos de violência na prisão IK-47 da Mordóvia, onde cumpre uma pena de dois anos, e declarou a greve de fome.

Pouco depois, a jovem foi transferida a uma cela de isolamento por questões de segurança, após denunciar ameaças de morte, e mais tarde à enfermaria do local.

Em sua carta, Tolokónnikova, de 23 anos e mãe de uma criança de 5, denunciou os abusos, as torturas e os maus tratos aos quais as internas são submetidas e também as ameaças de morte por parte da administração da prisão.

Tolokónnikova, Aliójina e Yekaterina Samutsévich, as integrantes do Pussy Riot, esta última em liberdade condicional desde outubro do ano passado, foram condenadas a dois anos de prisão por "vandalismo motivado por ódio religioso", após encenar em fevereiro de 2012 uma prece "punk" no principal templo ortodoxo russo, em Moscou.

As Pussy Riot mantêm sua inocência e insistem em que a ação na catedral de Cristo Salvador de Moscou tinha fins políticos e não foi dirigida aos crentes ortodoxos.

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