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Líbios se apresentam
como voluntários
para lutar
contra as forças de Kadafi, próximo a Bani Walid, reduto
do ditador. | Zohra Bensemra/Reuters
Líbios se apresentam como voluntários para lutar contra as forças de Kadafi, próximo a Bani Walid, reduto do ditador.| Foto: Zohra Bensemra/Reuters

Avanço rebelde

Na véspera de terminar o ultimato dado às forças leais a Kadafi, rebeldes entraram em um dos quatro bastiões do regime.

Bani Walid

Tropas rebeldes entraram na cidade depois de a Otan destruir um lançador de foguetes dos kadafistas.

Sirte

Soldados leais a Kadafi lançaram um contra-ataque no Vale Vermelho, próximo a Sirte, que havia sido tomado por rebeldes um dia antes.

Guerra

Rebeldes invadem reduto do ditador líbio

Os rebeldes líbios não esperaram o prazo do ultimato dado às forças leais de Muamar Kadafi expirar. Ontem, um dia antes do limite fixado, forças posicionadas nos arredores de Bani Wali – bastião de resistência do regime – entraram na cidade, sob o contra-ataque de apoiadores do ditador líbio.

Os rebeldes decidiram entrar na cidade depois que um avião da Otan (aliança militar ocidental) destruiu um lançador de foguetes das forças leais ao regime.

"Avançamos em direção ao centro da cidade a partir das estradas de Misrata e Trípoli", disse o comandante rebelde Abdala al Jazami, à agência de notícias Efe.

Na incursão, um grupo de apoiadores de Kadafi foi detido e levado a um "quartel" rebelde próximo. Pelo menos quatro pessoas teriam morrido na ação.

Segundo os rebeldes, eles conseguiram se posicionar a menos de 3 km do centro da cidade, e pretendem tomá-la completamente hoje.

Próximo a Sirte, cidade natal de Kadafi, também houve intensos combates. Kadafistas tentaram reconquistar o Vale Vermelho, região a 60 km de Sirte tomada pelos rebeldes no dia anterior. Sabha e Jufra são as outras duas cidades ainda leais ao ditador. Há suspeitas de que filhos do ditador estejam lá.

Shamsuddin Ben Ali, porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT), disse que as conversas com forças leais continuam. Mas os kadafistas querem que os rebeldes entrem desarmados nas cidades, não vasculhem casas e concedam anistia a todos – o que o CNT não aceita.

Folhapress

Um dia após o promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, pe­­dir ajuda da Interpol para capturar Muamar Kadafi, a polícia in­­ternacional emitiu alerta vermelho pedindo a prisão do ditador, de seu filho Saif al-Islam e do che­­fe de inteligência do país, Ab­­dul­­lah al-Senussi.

O TPI, que em junho emitiu pedidos de prisão contra os três, quer julgá-los por crimes contra a humanidade, assassinato e perseguição.

"No que se refere à posição da secretaria-geral da Interpol, Mua­­mar Kadafi é um fugitivo cujo país de nacionalidade e o TPI que­­rem ver preso e responsabilizado pelas graves acusações criminais feitas contra ele", disse Ronald Noble, secretário-geral da Inter­­pol, que transmitiu o alerta para os 188 países associados à polícia internacional.

Em março, a Interpol havia emitido alerta laranja contra o ditador e 15 membros de seu círculo mais próximo com objetivo de ajudar a polícia ao redor do mundo a aplicar as sanções im­­postas pela ONU. A medida não era um mandado de prisão, mas ajudava os países a rastrearem bens ilegais ou suspeitos cuja ex­­tradição foi pedida.

O promotor-chefe TPI, Luis Moreno-Ocampo, disse na quinta-feira que a prisão de Kadafi é questão de tempo. No mesmo dia, o di­­tador, que não aparece em pú­­­­blico há meses, divulgou nova gravação de áudio, negando ru­­mo­­res de que teria fugido da Lí­­bia.

Um dos seus prováveis destinos seria o Níger, para onde um grupo de mais integrantes 14 do regime líbio fugiu. Segundo in­­formações reveladas ontem por fontes locais, entre os fugitivos está o general líbio Ali Kana, um tuaregue que era um dos guardas mais próximos de Kadafi e estava encarregado das tropas no sul da Líbia.

Duas fontes locais disseram ontem que o grupo inclui quatro altas autoridades, incluindo ou­­tros dois generais, cuja identidade não foi revelada. Os quatro es­­tão hospedados em um hotel de propriedade de Kadafi na cidade nigerina de Agadez.

No início da semana, um com­­boio de dezenas de veículos de forças de Kadafi atravessou para o país, despertando rumores de que o ditador estaria entre eles.

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