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Homens com machete em Jos, foco dos confrontos que mataram mais de 30 no fim de semana | Afolabi Sotunde/Reuters
Homens com machete em Jos, foco dos confrontos que mataram mais de 30 no fim de semana| Foto: Afolabi Sotunde/Reuters

Violência

Ataques fazem mais de 30 mortos na Nigéria

A região central da Nigéria voltou a ser palco de choques entre cristãos e muçulmanos ontem, após uma série de atentados na véspera do Natal que deixou 32 pessoas mortas.

A polícia do estado de Plateau, cuja capital é Jos, disse que ao menos uma pessoa morreu e algumas casas foram incendiadas. O Exército foi para as ruas para evitar mais violência na cidade.

Cristãos, muçulmanos e animistas de vários grupos étnicos convivem pacificamente na maioria das cidades nigerianas.

Mas, no início do ano, centenas de pessoas morreram em choques na região de Jos, onde o conflito envolve questões religiosas, políticas, econômicas e fundiárias.

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Abidjã - O presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, disse ontem que haverá uma guerra civil em caso de intervenção no país, após a ameaça da Comu­nidade Econômica dos Estados da África do Oeste (Cedeao) de destituí-lo à força. Gbagbo, no poder desde 2000, pretende continuar no cargo apesar de uma resolução da ONU declarar o oposicionista Alassane Ouattara o vencedor das eleições de 28 de novembro.

Segundo o organismo, a disputa já provocou quase 200 mortes e a fuga de 14 mil para a Libéria. Os partidários de Ouattara já falam em 745 mortos após Gbagbo se proclamar reeleito e impugnar a vitória do rival dada por uma comissão eleitoral independente. Em 2 de dezembro, um recurso do presidente à Corte Constitucional anulou votos da oposição por suposta fraude.

Apesar de o bloco africano ainda não ter dado um prazo para que o governante se retire, amanhã três presidentes africanos visitarão Abidjã, capital econômica do país, em um último esforço de convencer Gbagbo a sair do governo.

Reunida na última sexta-feira em Abuja, Nigéria, a Cedeao, com dez líderes dos 15 países do bloco, também prometeu processar os responsáveis pela onda de violência pós-eleitoral.

O porta-voz do regime marfinense, Ahoua Don Mello, disse que há "um complô ocidental coordenado pela França [colonizadora do país]". Disse ainda que, se houver uma tentativa de derrubar o governo, ele não se responsabilizará pela segurança dos milhões de imigrantes regionais.

Greve

Em reação, o partido do ex-primeiro-ministro e candidato opositor à Presidência Alassane Ouattara conclamou ontem todos os cidadãos da Costa do Marfim a iniciarem hoje uma greve geral e só retornarem ao trabalho depois que o presidente em fim de mandato Laurent Gbagbo renunciar ao poder.

A coalizão política de Ouattara, conhecida pelas iniciais RHDP, repete um chamado para a desobediência civil feito recentemente por Guillaume Soro, mas que acabou amplamente ignorado pelos trabalhadores de Abdijã.

"Não devemos permitir que nos roubem a vitória", argumenta o partido em nota assinada por seu diretor, Alphonse Djedje Mady.

Gbagbo recusa-se a ceder o poder a Ouattara mesmo depois de seu adversário ter sido declarado vitorioso na mais recente eleição presidencial no país do oeste africano.

Enquanto os dois lados reivindicam a vitória nas urnas, Gbagbo atém-se ao poder, apesar da pressão da comunidade internacional para que renuncie.

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