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Comércio Brasil-China
Segundo jornal americano, hackers buscaram informações confidenciais, incluindo planos militares, capacidades e avaliações das deficiências das forças japonesas| Foto: Pixabay

Segundo reportagem do jornal americano The Washington Post, hackers militares da China invadiram e comprometeram as redes de defesa do Japão, um dos aliados estratégicos mais importantes dos Estados Unidos na Ásia.

Ciberespiões do Exército Popular de Libertação do país comunista conseguiram um acesso "profundo" e "persistente" aos sistemas de computador mais sensíveis do Japão, conforme relatos de três ex-altos funcionários dos EUA.

A informação do jornal aponta que os hackers buscaram informações confidenciais, incluindo planos militares, capacidades e avaliações das deficiências das forças de defesa japonesas.

A invasão, ocorrida em 2020, foi relatada ao governo japonês pelo chefe da Agência de Segurança Nacional dos EUA à época, Paul M. Nakasone, e pelo então vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Matthew Pottinger.

Embora Tóquio tenha tomado medidas para fortalecer suas redes de segurança cibernética desde então, as autoridades americanas ainda consideram que os sistemas japoneses estão insuficientemente protegidos contra potenciais ataques cibernéticos por parte de Pequim.

O atual secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, alertou que a falta de proteção adequada das redes japonesas pode levar a uma desaceleração no compartilhamento de dados cruciais para operações militares avançadas.

A invasão cibernética chinesa ocorreu em meio a tensões crescentes na região do Pacífico. Pequim tem buscado afirmar seu poder e influência na área, realizando ações como o lançamento de mísseis balísticos na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Japão e intensificando manobras militares.

A China também expandiu suas capacidades cibernéticas, visando atacar infraestruturas críticas de várias nações.

O Japão, em resposta, está intensificando suas próprias capacidades cibernéticas e adotando uma abordagem mais ativa na área, incluindo a construção de um comando cibernético dedicado ao desenvolvimento de uma capacidade de contra-ataque.

Além disso, o país está reforçando suas relações com os Estados Unidos e fortalecendo a cooperação bilateral em questões de segurança.

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