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Reportagem do "Financial Times" afirma nesta sexta-feira que a operação de vigilância dos suspeitos do complô para explodir até dez aviões americanos a partir da Grã-Bretanha levou mais de um ano e foi, por isto, a maior já empreendida em solo britânico sobre terrorismo.

Enquanto os detalhes da investigação surgem, os aeroportos do mundo ampliam suas medidas de segurança. Os aeroportos asiáticos reforçam as medidas para vôos para Europa e para os Estados Unidos.

Os investigadores deixaram o plano ser desenvolvido o máximo possível, dentro da margem de segurança, monitorando as atividades e os gastos de um grupo numeroso de pessoas, dentro e fora de Londres. No fim da quarta-feira passada, eles consideraram que o plano estava avançado o bastante para que as prisões fossem feitas.

Tudo começou com uma pista dada por um integrante da comunidade muçulmana britânica , diz a rede CNN.

As prisões foram feitas em Londres, High Wycombe e Birmingham, conforme documento do Banco da Inglaterra, anunciando o congelamento de bens de 19 dos 24 presos ( veja a lista aqui, em formato PDF , a partir do site do banco). O documento dá os endereços, os nomes e as idades. O mais jovem tem 17 anos. Há uma mulher no grupo, presa com uma criança. Uma outra está grávida.

Eles estiveram no Paquistão recentemente. O país colaborou na investigação e anunciou ter feito prisões na quinta-feira. Mas prisões anteriores ajudaram a desbaratar o plano: dois britânicos e dois paquistaneses foram presos na semana passada, na mesma investigação.

A revista "Time", que também obteve detalhes da investigação e do plano, afirma que o plano do grupo de 29 pessoas - cinco ainda estão sendo procuradas - era entrar nos aviões com um explosivo líquido de peróxido de acetona. Segundo um relatório do FBI e do Departamento de Segurança Interna, o explosivo tem sido usado nos últimos dez anos como a carga principal ou como detonador, tendo sido popularizado por terroristas suicidas palestinos.

Segundo o jornal "The Guardian", que cita fontes americanas, depois das prisões da semana passada no Paquistão, uma ordem enviada ao grupo foi detectada e decodificada. Dizia: "Façam seus ataques agora".

Seriam nove aviões das empresas americanas American, Continental e United e da britânica British Airways. Cerca de 2.700 morreriam, se o plano tivesse dado certo, número de vítimas sinistro e ligeiramente inferior ao do 11 de setembro de 2001.

A maioria dos suspeitos é de britânicos de segunda ou terceira geração, de ascendência paquistanesa.

Autoridades americanas não têm provas de que o grupo estivesse a serviço da Al-Qaeda.

- Não estamos convencidos de que esta operação esteja conectada com a cadeia de comando da Al-Qaeda - disse Charles Allen, chefe de inteligência do Departamento de Segurança Interna, na noite de quinta-feira.

Segundo ele, também não há prova de que os aviões pudessem ser usados como armas, à semelhança dos atentados de 11 de setembro de 2001. A idéia era mesmo explodir as aeronaves no ar.

Allen disse ainda que ninguém sabe quais são todas as dimensões do plano, sendo necessário que o tempo passe para se determinar se a rede foi rompida.

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