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Uma multidão de mulheres "atacou violentamente" uma equipe de investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU) que reunia provas nesta quarta-feira (27) sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano, Rafiq Hariri, na capital libanesa. A multidão, que invadiu uma clínica onde estavam os investigadores, também teria roubado vários itens dos dois homens, disseram autoridades libanesas.

Os dois investigadores e uma intérprete receberam cuidados médicos após o tumulto em uma clínica privada em Beirute, de acordo com um comunicado emitido pelo Tribunal Especial para o Líbano (STL, na sigla em inglês).

O incidente coloca em evidência as fortes emoções que estão por trás das atividades do tribunal, que investiga o assassinato de Hariri, em 2005, e levanta preocupações sobre a intimidação e a interferência no processo investigador. O STL, sediado em Haia, na Holanda, disse que a visita da equipe ao Líbano foi comunicada às autoridades e acertada "de acordo com as garantias legais".

"Durante o encontro, um grande grupo de mulheres apareceu de repente e atacou violentamente os investigadores e a intérprete que os acompanhava", disse o comunicado. O exército libanês livrou os três da multidão e então eles receberam cuidados médicos.

A doutora Iman Sharara, que comanda a clínica, disse que dois homens, um francês e um austríaco, acompanhados por uma intérprete libanesa, apareceram no local para ter acesso aos registros dos números de telefones. Segundo ela, os dois pediram os números de telefones de 17 pacientes que passaram pela clínica desde 2003. Então, a clínica foi invadida por um grupo de 30 mulheres. "Os investigadores fugiram e a intérprete foi agredida", disse.

A emissora de televisão Al Manar, do grupo xiita Hezbollah, disse que a visita dos investigadores à clínica foi "escandalosa". A clínica, que atende apenas mulheres, fica num bairro xiita conservador de Beirute. As informações são da Associated Press

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