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Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o país aceitou uma data para conversas com as grandes potências, disse o presidente | Reuters
Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o país aceitou uma data para conversas com as grandes potências, disse o presidente| Foto: Reuters

Teerã - O Irã aceitou uma data para conversas com as grandes potências, disse o presidente Mahmoud Ahmadinejad na segunda-feira, e o enviado do país na Rússia sugeriu que o encontro poderá ocorrer em Genebra no início de dezembro.

As seis potências esperam que as negociações - para as quais tinha sido aventada a data de 5 de dezembro - foquem o contestado programa nuclear iraniano, mas Teerã disse que sua atividade de enriquecimento de urânio é inegociável.

"Foram propostas duas datas; eles aceitaram uma delas, e não temos problema com isso," disse Ahmadinejad em coletiva de imprensa, acrescentando que o local do encontro ainda está em discussão.

Em Moscou, o embaixador iraniano na Rússia disse que as negociações ocorrerão em Genebra em 5 de dezembro, informou a agência de notícias RIA. O Irã havia anteriormente proposto Istambul como seu lugar de preferência.

"A data das negociações está acertada para 5 de dezembro e o local do encontro será Genebra, apesar de termos sugerido a Turquia", disse o embaixador iraniano na Rússia, Mahmoud Reza Sajjadi, segundo a RIA.

Diplomatas e analistas ocidentais não prevêem nenhum avanço para breve na prolongada discussão sobre os trabalhos nucleares do Irã, que o Ocidente teme que tenham por objetivo desenvolver bombas, mas que Teerã afirma visar unicamente a geração de eletricidade.

Ahmadinejad disse que as atividades de enriquecimento de urânio iranianas são direito legal do país e não são negociáveis.

"O ciclo completo do enriquecimento e a produção de combustível são direitos básicos dos países membros (da Agência Internacional de Energia Atômica, a agência de vigilância nuclear da ONU) e são inegociáveis," disse Ahmadinejad.

O urânio enriquecido pode ser usado para abastecer usinas nucleares, mas também para fornecer material para a produção de bombas atômicas, desde que seja mais intensamente enriquecido.

As potências querem que Teerã limite o programa, em troca de um pacote de benefícios comerciais e diplomáticos que vem sendo oferecido ao Irã desde 2006.

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