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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, alertou nesta segunda sobre as "repercussões negativas" da situação no Bahrein, onde autoridades são acusadas de reprimir a maioria xiita. Ele também reafirmou a forte crítica de Teerã contra o envio de tropas dos países do Golfo Pérsico para o Bahrein, ajudando as tropas de segurança do país na repressão contra os xiitas que lideraram aos levantes pró-democracia.

"Temos certeza que, se essa situação persistir no Bahrein, terá repercussões negativas na região, das quais ninguém vai gostar", disse o ministro a repórteres em Doha, após negociações com líderes do Catar. "O problema no Bahrein apenas preocupa as pessoas de lá, então os exércitos não deveriam ter sido enviados para invadir o país e fazer o que fizeram", afirmou.

As relações entre Teerã e os aliados americanos no Golfo ficaram mais tensas após a crítica iraniana sobre a repressão aos xiitas no reino sunita da dinastia Al Khalifa. Salehi disse esperar que o Catar seja capaz de mediar uma saída para o impasse. "Por meio dos esforços do Catar, esperamos que seja encontrada uma solução adequada para a situação no Bahrein", disse o ministro, sem especificar se Doha estaria tentando uma mediação entre o governo de Manama e a oposição.

Em março, Teerã retirou seu embaixador do Bahrein, depois do governo local chamar de volta seu enviado ao Irã. Os dois países também expulsaram alguns diplomatas. O Irã, predominantemente xiita, admitiu dar "apoio moral" às exigências da população do Bahrein, mas sem qualquer envolvimento com os protestos no país vizinho.

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