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Teer㠖 O Irã começará, em questão de dias, a alimentar uma segunda rede de centrífugas com gás de urânio, disse na quarta-feira a agência de notícias Isna, ligada ao governo. A atitude representará a expansão do programa nuclear que as potências ocidentais temem estar sendo usado para desenvolver bombas atômicas.

As centrífugas enriquecem o urânio para produzir combustível para usinas nucleares e, em um nível mais elevado, para construir bombas atômicas. O Irã diz que só quer gerar energia elétrica, mas até agora não conseguiu convencer as potências mundiais, que ameaçam o país com sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

Países europeus começaram a deixar vazar, na terça-feira, o conteúdo de um projeto de resolução do Conselho de Segurança que proíbe transferências de tecnologia nuclear e relacionada com mísseis ao Irã.

Diplomatas disseram, no início da semana, que Teerã vinha fazendo testes "a seco" com a segunda cascata, formada por 164 centrífugas. Segundo o plano iraniano, elas devem funcionar em conjunto com a cascata já em funcionamento, que produziu a primeira remessa de urânio enriquecido.

Segundo a agência Isna, a instalação da segunda cascata ocorreu há duas semanas, na usina piloto de Natanz, no centro do Irã. O próximo estágio dos trabalhos, as injeções do gás de urânio UF-6, deve ser realizado hoje ou amanhã. "Pouco depois da injeção do gás, vamos obter o produto da segunda cascata," afirmou a Isna, citando uma fonte não-identificada do governo iraniano.

A primeira cascata, também com 164 centrífugas – máquinas cilíndricas que dão origem ao combustível nuclear girando a velocidades supersônicas –, produziu uma pequena quantidade de urânio enriquecido a níveis baixos em abril.

Tempo

O Irã precisaria de milhares de centrífugas trabalhando sem parar durante meses para enriquecer urânio suficiente para criar uma bomba. Especialistas dizem que isso pode isso pode levar entre três e dez anos. Mas o Ocidente teme que o ritmo dos avanços aumente quando o Irã dominar o programa piloto. Além disso, desconfia-se que país mantenha operações clandestinas. Enquanto isso, no Conselho de Segurança, Grã-Bretanha, França e Alemanha começaram a circular a proposta de resolução mesmo antes de negociar todos os pontos com os EUA.

O ponto de divergência é a exigência norte-americana de que a Rússia pare de construir uma usina nuclear na cidade de Bushehr, afirmaram diplomatas. A proposta européia permite a construção de Bushehr, que teria instalações mais modernas que as do complexo nuclear de Isfahan, localizado na região central do Irã. A permissão, porém, não inclui o fornecimento de combustível.

O documento em discussão também interromperia transações financeiras no exterior e restringiria as viagens de iranianos envolvidos no programa nuclear.

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