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O Irã começou neste sábado (24) a registrar potenciais candidatos para as eleições parlamentares que serão realizadas em março do ano que vem, em uma disputa que deve se focar nos oponentes e aliados do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Os principais grupos reformistas do país vão ficar de fora das eleições para as 290 cadeiras do Parlamento, afirmando que não vão apresentar nenhum candidato porque requisitos básicos para uma disputa livre e justa não foram cumpridos.

Seja qual for o resultado, a eleição não deve mudar a política iraniana. O país é uma teocracia e o líder supremo aiatolá Ali Khamenei tem a palavra final sobre todos os assuntos do Estado. As eleições serão a primeira consulta nacional após a polêmica reeleição de Ahmadinejad, em 2009, que segundo a oposição foi fortemente fraudada.

A onda de protestos que se seguiu à eleição de 2009 foi o maior desafio para a elite clerical do Irã desde a revolução de 1979, quando os líderes islâmicos assumiram o poder. Mas uma forte repressão acabou com os protestos e muitos integrantes da oposição - desde políticos a ativistas de rua, jornalistas e defensores dos direitos humanos - foram presos.

O processo de registro dos potenciais candidatos dura uma semana. Qualquer iraniano de 30 a 75 anos que tenha "se mostrado leal" ao aiatolá Khamenei pode concorrer. Uma vez registrados, os candidatos precisam receber a aprovação do Conselho dos Guardiães, o órgão linha-dura que protege a Constituição do país.

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