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O Irã criticou a administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por remover da lista de terrorismo um grupo militante iraniano anteriormente aliado a Saddam Hussein. O governo iraniano ressaltou que a decisão mostra que Washington tem "padrões duplos".

O Mujahedines do Povo (MEK)teve origem em um movimento de guerrilha que lutava contra o xá Mohammed Reza Pahlavi e ajudou a destituir o monarca em 1979. Posteriormente, o grupo lutou em 1980 ao lado das forças de Saddam nos oito anos da guerra do Irã e do Iraque, mas foi desarmado após a invasão liderada pelos norte-americanos ao território iraquiano. O grupo agora trabalha para derrubar o regime islâmico em Teerã.

Nesta sexta-feira (28), o Departamento de Estado dos EUA retirou o grupo da lista, o que significa que qualquer ativo pertencente ao MEK nos EUA poderá ser desbloqueado e que os norte-americanos poderão realizar negócios com o grupo.

Neste sábado (29), integrantes do MEK reuniram-se em sua sede em Paris para celebrar a decisão, espalhando pétalas de flores e mostrando fotos de seus membros mortos nos últimos 15 anos. "Nós conclamamos a comunidade internacional a respeitar o desejo da população iraniana por uma mudança no regime", disse Maryam Rajavi, chefe ala do grupo no exílio.

A TV estatal iraniana criticou a decisão, afirmando que os EUA consideram o MEK "bons terroristas" e defenderam que Washington está usando o grupo para trabalhar contra Teerã. A emissora de rádio estatal disse que a decisão evidencia os sentimentos contrários ao Irã do presidente dos EUA, Barack Obama.

"Ha muitas evidências de que o grupo está envolvido em atividades terroristas. Retirá-lo da lista mostra a ambiguidade da política dos EUA em relação ao terrorismo", destacou a TV estatal iraniana. Os EUA distinguem entre os "bons e maus terroristas" e o MEK é agora "bons terroristas porque os EUA estão usando o grupo contra o Irã", observou o programa. As informações são da Associated Press.

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