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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, disse que seu país está pronto para resolver todas as questões nucleares na próxima rodada de negociações com potências mundiais, em Bagdá, se as nações ocidentais começarem a remover as sanções, afirmou a agência de notícias estudantil iraniana Isna nesta segunda-feira (16). "Se o Ocidente quer tomar medidas para construir confiança, deveria começar no campo das sanções, porque esta ação pode agilizar o processo de negociações, alcançando resultados", afirmou Salehi em entrevista à Isna. Salehi também indicou que o Irã poderia fazer concessões em seu processo de enriquecimento de urânio, motivo de forte preocupação de potências ocidentais. "Se há boa vontade, pode-se passar por este processo muito facilmente e estamos prontos para resolver todas as questões muito rapidamente e de forma simples, até mesmo na reunião em Bagdá", acrescentou. Salehi descreveu como positivo e construtivo um encontro inicial com representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, realizado no sábado em Istambul. As conversas ficaram estancadas por mais de um ano, período em que os EUA e a Europa endureceram as sanções contra o Irã, por suspeitarem que esteja procurando desenvolver um programa de armas nucleares, o que o país nega. "O enriquecimento é direito do Irã, mas nós podemos negociar sobre como obter urânio com diferentes níveis de enriquecimento", disse Salehi. "Produzir combustível de 20 por cento (porcentual de enriquecimento do urânio) é nosso direito para suprir as necessidades de nosso reator e não há dúvidas quanto a isso", afirmou ele. "Se eles garantirem que vão nos prover os diferentes níveis de combustível enriquecido de que precisamos, então essa será uma outra questão". O Irã diz necessitar de urânio enriquecido com um nível de 20 por cento de pureza para um reator de pesquisas médicas, mas muitos países veem o enriquecimento a esse ponto como um passo perigoso que poderia conduzir aos 90 por cento de pureza requeridos para uma bomba atômica. Uma tentativa fracassada de acordo em 2009 previa a entrega de urânio para o reator com finalidade médica.

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