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O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta quinta-feira que o seu país não pode abandonar o programa nuclear enquanto os Estados Unidos continuam fabricando novas bombas atômicas todos os anos, relatou a agência de notícias Mehr, semi-oficial.

A República Islâmica diz que deseja dominar a tecnologia nuclear com o fim exclusivo de atender à crescente demanda interna por eletricidade. A União Européia (UE) e os EUA suspeitam que o Irã esteja tentando, secretamente, desenvolver armas atômicas.

- Como a nação iraniana pode abrir mão de seus direitos claros a uma tecnologia nuclear pacífica quando os EUA e alguns países testam novas bombas atômicas todos os anos? - perguntou Ahmadinejad em um discurso proferido na cidade de Namin (noroeste).

Seus comentários foram feitos dias antes de terminar, no dia 22 de agosto, o prazo estipulado pelo Irã para responder a uma proposta feita por seis potências mundiais e que prevê a concessão de benefícios se os iranianos cancelarem seu programa de enriquecimento de urânio. O país islâmico, até agora, não deu sinais de que aceitará a proposta.

- Os países responsáveis pelo bombardeio atômico de Nagasaki e Hiroshima (no Japão) estão tentando, agora, privar a nação iraniana de seus direitos - afirmou Ahmadinejad, segundo a agência de notícias Irna. - Esses países deveriam ser desarmados.

Teerã prometeu ampliar suas atividades no setor de desenvolvimento de combustíveis nucleares apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ter exigido a suspensão dessas atividades até o dia 31 de agosto sob pena de o Irã sofrer sanções. A resolução foi aprovada no dia 31 de julho.

Mohamed ElBaradei, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), deve enviar ao Conselho da ONU, no final de agosto, um relatório afirmando se o país islâmico suspendeu ou não suas atividades conforme exigido.

- Várias pessoas estão pessimistas. Acho que vamos avançar na direção das sanções - disse um diplomata da UE em Viena, onde fica a sede da AIEA. O Irã rechaçou a resolução de julho.

- A nação iraniana está determinada a exercer seu direito inalienável - disse Ahmadinejad, segundo a agência de notícias Fars, também semi-oficial. - Tais exigências e a resolução não podem abalar a união do povo.

Na quarta-feira, o chanceler do Irã tinha dito que o país está pronto para discutir seu programa nuclear, mas não pretende supendê-lo.

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