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O Irã e seis potências enfrentavam dificuldades nesta sexta-feira (22) para aparar as arestas nas negociações em torno de um acordo preliminar que restrinja o programa nuclear iraniano em troca de um alívio nas sanções contra o país.

Diplomatas ocidentais próximos às negociações minimizaram a possibilidade de uma solução iminente para os três dias de negociações que tiveram início na quarta-feira, depois de Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha se aproximarem de obter concessões de Teerã na rodada anterior de negociações em Genebra, realizada há duas semanas.

Eles disseram que houve progressos nos primeiros dois dias, e que o número de divergências diminuiu. Mas a insistência do Irã em que as seis potências reconheçam explicitamente seu direito de enriquecer urânio (o que pode ser usado com finalidades civis ou militares) é uma questão complicada.

Os EUA e seus aliados acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, algo que Teerã nega, insistindo que seu objetivo é apenas gerar energia e realizar pesquisas civis. Após uma década de impasse, as negociações ganharam novo impulso neste ano com a posse do moderado Hassan Rouhani como presidente do Irã.

Diplomatas ocidentais dizem que ainda é possível que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, viaje a Genebra novamente para se juntar aos cinco outros ministros das potências globais na busca por um acordo. Mas um diplomata europeu de alto escalão disse que os ministros só farão essa viagem se houver algum acordo para ser assinado.

"Temos progressos, incluindo em questões centrais", afirmou essa fonte, "(mas) há quatro ou cinco coisas que ainda estão sobre a mesa" para serem resolvidas.

O vice-chanceler iraniano, Abbas Araqchi, um dos negociadores iranianos, cobrou mais flexibilidade das seis potências.

"Estamos atualmente trabalhando em um texto acerca do qual há entendimento na maioria dos itens, e isso aponta para um progresso", disse ele à agência iraniana de notícias Irna. "Mas temos algumas diferenças que ainda não resolvemos. Se o outro lado demonstrar flexibilidade, podemos chegar a um acordo. Se não for flexível em suas exigências excessivas, as negociações não irão progredir."

O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, e a chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, que coordena as negociações em nome das seis potências, voltaram a se reunir na manhã de sexta-feira, mas não foram divulgados detalhes do encontro - embora um delegado iraniano tenha dito que "a sessão desta manhã foi melhor do que a de ontem à noite".

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