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Teer㠖 As autoridades iranianas anunciaram ontem a execução de 16 pessoas condenadas à morte por adultério, seqüestro e homossexualidade.

Segundo o procurador-geral de Teerã, Said Mortazavi, 12 condenados foram enforcados na madrugada do último sábado para domingo na prisão de Ewin, na capital iraniana, e os outros quatro foram executados em dias anteriores.

Além de adultério, seqüestro e homossexualismo, "os executados eram autores de delitos como estupro, chantagem e brigas com ghame (um tipo de espada de aço feita à mão)", disse Mortazavi, segundo a agência iraniana Isna.

O procurador-geral afirmou também que a Procuradoria-Geral pediu que outras 17 pessoas julgadas por crimes semelhantes sejam condenadas à pena de morte, mas não deu informações sobre o julgamento.Com as novas detenções em Mashhad, já são 125 as pessoas presas na cidade sob acusações semelhantes.

O Irã aplica desde meados de maio um plano de segurança em diferentes cidades do país, incluindo a capital, cujo objetivo é, segundo as autoridades, "limpar as cidades dos criminosos".

Esta não é a primeira vez que os iranianos aparecem na mídia internacional pelo modo como lidam com os direitos civis. De acordo com a Anistia Internacional, o país é o segundo do mundo em número de execuções, perdendo apenas para a China. O detalhe é que a população chinesa, de 1,3 bilhão, é quase 20 vezes maior que a iraniana, de 68 milhões.

Uma das maiores polêmicas relacionadas ao Irã diz respeito à execução de jovens. Nos últimos 17 anos, foram mortos 22 – 12 deles nos últimos dois anos –, acusados de crimes que teriam cometido quando tinham menos de 18 anos.

A maioria das execuções é por enforcamento. Porém, a lei iraniana chega ao ponto de permitir o apedrejamento de pessoas acusadas de adultério ou de incesto.

Ao contrário de outros países que também adotam o enforcamento e o fazem com o método da quebra de pescoço – levando à morte instantânea – o Irã prefere içar a pessoa lentamente por um guindaste, gerando uma agonia de vários minutos até que o condenado morre por asfixia.

O Irã teve ainda casos em que o criminoso não tinha completado 18 anos (leia quadro nesta página) e foi executado mesmo assim. Em agosto de 2004, a garota Atefeh Rajabi terminou enforcada aos 16 anos por cometer "atos incompatíveis com a castidade". Ela foi acusada de ter relações sexuais com um homem mais velho e removeu o hijab (lenço utilizado pelas mulheres para cobrir a cabeça) no tribunal.

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