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Viena (AE/AP) – Os Estados Unidos e aliados da União Européia mantiveram ontem a pressão sobre o Irã, recusando uma proposta do país de retomar as negociações sobre seu programa nuclear e mantendo as ameaças de levar o caso ao Conselho de Segurança (CS) da ONU. O grupo, no entanto, não conseguiu ainda o apoio da Rússia e da China – países com poder de veto no CS – para encaminhar a questão à ONU. Os governos russo e chinês fizeram ontem um apelo "à negociação em vez de confrontação". A China importa petróleo e gás do Irã e a Rússia vende tecnologia nuclear ao país islâmico.

Depois de um encontro em Londres entre diplomatas norte-americanos, europeus, russos e chineses, na segunda-feira, representantes da Grã-Bretanha, França e Alemanha pediram uma reunião de emergência da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), nos dias 2 e 3. O objetivo é aprovar no conselho diretor da AIEA, formado por 35 países, a proposta de levar o caso iraniano ao CS. Mas se europeus e americanos não tiverem certeza do apoio de russos e chineses no CS, devem suavizar o tom. A resolução dos britânicos que propõe o envio do caso ao CS não faz menção a ameaças de sanções contra o Irã.

Direito

Essa pressão se intensificou depois que o Irã reiniciou, na semana passada, pesquisas para enriquecimento de urânio em sua usina de Natanz, que europeus e americanos temem que sejam direcionadas para produção de armas atômicas. O país sustenta que tem direito de realizar pesquisas nucleares e seu objetivo é o uso pacífico na produção de energia elétrica.

"Nem todas as possibilidades oferecidas pela AIEA foram esgotadas", declarou o chanceler russo Serguei Ivanov, que criticou o Irã por não estar "fazendo o necessário" para sair da crise. A única reação do Irã foi a tentativa de reiniciar as negociações.

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