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O Irã levará a julgamento três norte-americanos que faziam uma caminhada no país, pois eles entraram "ilegalmente" em território iraniano há quatro meses, afirmou hoje o ministro das Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki.

"O interrogatório dos três norte-americanos que entraram ilegalmente no Irã com propósitos suspeitos está em andamento", disse Mottaki na emissora estatal de televisão. "Eles serão levados a julgamento e as decisões serão tomadas.

Shane Bauer, de 27 anos, Sarah Shourd, de 31 anos, e Josh Fattal de 27 anos, foram presos em 31 de julho. Eles cruzaram para o Irã quando faziam uma caminhada pelo Curdistão iraquiano. O procurador público do Irã afirmou em 9 de novembro que os três enfrentam acusações de espionagem. Um dia depois, Mottaki disse que eles foram indiciados por entrada ilegal, dando a entender que não havia acusação formal de espionagem.

O trio é mantido na Prisão Evin, em Teerã, em celas separadas e com poucas visitas liberadas. Os amigos e parentes deles negaram que eles fossem espiões. Os Estados Unidos insistem que eles devem ser liberados. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pediu que o Irã liberte os três. Segundo ela, Washington está "explorando cada ângulo" para ajudá-los. No começo deste mês várias importantes figuras internacionais pediram ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para que ele liberasse o trio.

O caso é mais uma fonte de divergências na relação entre Irã e EUA. Os dois países não mantêm relações diplomáticas há três décadas. Além disso, Washington pressiona internacionalmente para interromper o programa nuclear iraniano, argumentando que o país busca armas nucleares. Teerã nega e diz que seu programa tem apenas fins pacíficos.

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