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O Irã negou relatos do governo dos Estados Unidos de que um alto diplomata norte-americano e enviados iranianos teriam se encontrado durante uma conferência internacional. Segundo Teerã, "não houve" esse diálogo.

Os relatos conflitantes do suposto encontro ocorrido na Holanda, nesta terça, refletem as diferentes abordagens à aproximação entre Estados Unidos e Irã, após quase 30 anos de rompimento diplomático.

No mês passado, o presidente Barack Obama enviou uma mensagem em vídeo aos líderes do Irã. Até agora, ao menos em público, Teerã se mostra menos ansioso por contatos diretos com os norte-americanos, sem contudo rejeitá-los para o futuro. O comunicado aponta que qualquer conversa ocorrida na conferência sobre o Afeganistão não se comparou a reuniões oficiais, como a realizada anteriormente entre os embaixadores de Estados Unidos e Irã para discutir sobre o Iraque.

Em Washington, o Departamento de Estado insistiu nesta quarta-feira (1) que Richard Holbrooke se encontrou com o enviado iraniano. O porta-voz do órgão Gordon Duguid disse que houve um "breve aperto de mãos", mas ressaltou que não foi um encontro prolongado. O analista político Saeed Leilaz, que vive em Teerã, avaliou a resposta iraniana como uma tentativa de rechaçar qualquer suspeita sobre encontros secretos entre os países. Washington é um tema particularmente sensível, às vésperas das eleições presidenciais de 12 de junho. O presidente Mahmoud Ahmadinejad, que busca um novo mandato de quatro anos, é cuidadoso para não enfurecer sua base linha-dura.

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