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A organização de energia atômica do Irã negou nesta quinta-feira (22) que especialistas do país e de Israel tenham mantido conversas secretas. Uma porta-voz da Comissão de Energia Atômica de Israel afirmou que os dois lados participaram de uma conferência internacional sobre desarmamento, mas também negou conversas diretas.

"Essa mentira é o tipo de operação psicológica feita para afetar o constante sucesso da dinâmica diplomacia do Irã nos encontros em Genebra e Viena", afirmou um porta-voz da organização iraniana na televisão estatal.

Já a porta-voz israelense disse que o tema foi discutido entre os dois lados. Ela se recusou a dar detalhes, mas o jornal "Haaretz" afirmou que os funcionários discutiram a possibilidade de tornar o Oriente Médio uma zona livre de armas nucleares.

O jornal australiano "The Age" publicou que os dois lados mantiveram um diálogo "robusto" durante um evento de dois dias no Egito, no mês passado. O diário atribui a informação a participantes da conferência organizada pela Austrália.

Um funcionário egípcio presente no encontro disse que houve na verdade uma troca de acusações entre os dois países, na reunião no fim de setembro. Ele descreveu o diálogo entre os enviados dos dois lados como "polêmico, com acusações".

O Irã alega que enriquece urânio a fim de obter combustível para uma futura rede de reatores nucleares. Porém esse componente também pode ser usado para produção de ogivas nucleares, hipótese cogitada por diversos países, de uma maneira mais contundente por Estados Unidos e Israel.

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