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O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, afirmou nesta quarta-feira que seu país produzirá em breve combustível nuclear em escala industrial, desafiando uma resolução da ONU que exige que o Irã abandone seu programa de enriquecimento de urânio.

- Hoje podemos dizer que o Irã é um país atômico, tem o ciclo de combustível nuclear e colocará em marcha, daqui a pouco, a produção de combustível (em escala) industrial sem fazer o mínimo caso dos gritos de Bush e das potências corruptas - afirmou Ahmadinejad, durante um discurso numa província a sudoeste do país, segundo informou a agência de notícias iraniana Fars.

Esta não é a primeira vez que o Irã anuncia sua intenção de produzir combustível nuclear por meio do enriquecimento de urânio. O governo argumenta que seu programa nuclear tem fins pacíficos e que o combustível será usado na geração de eletricidade. No entanto, os EUA e outros países europeus acreditam que o objetivo final é a fabricação de armas nucleares.

Em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal "O Globo", o embaixador do Irã no Brasil, Seyed Jafar Hashemi, defendeu o programa nuclear de seu país. Ele acusou o governo americano de estar patrocinando um apartheid nuclear no mundo e revelou já ter conversado com autoridades brasileiras em busca de apoio.

No dia 23 de dezembro do ano passado, o Conselho de Segurança da ONU decidiu, por unanimidade, impor sanções econômicas ao Irã por causa de sua recusa de interromper o programa de enriquecimento de urânio.

No discurso desta quarta-feira, o líder iraniano afirmou que o povo do Irã, "unido e com fé em Deus, mantém sua postura e não anda para trás".

- As potências arrogantes, inimigas da humanidade, não têm outro remédio a não ser se render diante do povo (iraniano) e reconhecer seu direito - acrescentou Ahmadinejad.

O Irã considera que tem direito de desenvolver um programa nuclear com fins civis, de acordo com tratado internacional de Não-Proliferação de Armas Nucleares.

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