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O Irã vai propor uma nova rodada de negociações sobre seu polêmico programa nuclear após as últimas sanções impostas ao país, afirmou o embaixador iraniano na Alemanha, segundo a agência semioficial iraniana Mehr. Seis potências mundiais têm tentado por anos persuadir Teerã a congelar partes de seu programa que podem fornecer uma brecha para a produção de armas nucleares. O principal negociador do Irã para projetos nucleares Saeed Jalili, disse que pediu formalmente aos EUA, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha para que as negociações sejam retomadas.

O convite ocorreu após as novas sanções impostas à Teerã pelo enriquecimento do urânio, um processo que produz combustível para reatores, mas que também pode ser usado para fazer armas nucleares. O Irã insiste que suas intenções são apenas pacifistas, enquanto os EUA e seus aliados europeus suspeitam que o país esteja planejando usar seu programa de energia nuclear para encobrir o desenvolvimento de armas atômicas.

A última rodada de conversas entre Irã e as potências do 5+1, que inclui os cinco países permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França - e Alemanha, fracassou em janeiro. "Estamos formalmente declarando à eles nossa intenção de retomar o diálogo para cooperação", informou Jalili aos diplomatas iranianos em Teerã, segundo informou a agência de notícias IRNA.

O embaixador do Irã na Alemanha, Ali Reza Sheikh Attar, disse neste sábado que Jalili enviou uma carta para a diretora de política externa dos EUA, Catherine Ashton, pedindo uma nova rodada de negociações, mas o porta-voz de Ashton informou que ela ainda não recebeu qualquer novo comunicado formal do Irã.

O anúncio iraniano é o último sinal de que Teerã está sentindo o impacto das sanções internacionais. Além das sanções impostas pelas Nações Unidas, os EUA e a União Europeia impuseram separadamente suas próprias penalidades financeiras e econômicas ao país.

Washington adotou medidas que visam as exportações de gasolina e outros produtos derivados do petróleo do Irã e proibiu que bancos dos EUA façam negócios com bancos estrangeiros que fornecem serviços para a Guarda Revolucionária do Irã.

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