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O Irã rejeitou nesta quarta-feira (10) uma proposta norte-americana por meio da qual a república islâmica poderia obter isótopos medicinais em troca da paralisação de seu programa de enriquecimento de urânio. "Desligar o reator ou parar a produção de remédios não é a solução", declarou Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã. "Essa proposta não tem lógica.

Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, ventilou a ideia depois de o Irã ter anunciado, ontem, o início da produção de urânio enriquecido a 20% para abastecer o reator nuclear de Teerã, onde são fabricados isótopos medicinais. Mehmanparast disse que, ao invés disso, as potências internacionais deveriam permitir que o Irã expanda seu programa de enriquecimento de urânio. "A solução é o outro lado cooperar com o aumento (do número de reatores) para que as necessidades dos pacientes sejam atendidas", afirmou.

Os Estados Unidos e alguns de seus aliados suspeitam que o Irã desenvolva em segredo um programa nuclear bélico. Teerã sustenta que seu programa é civil e tem finalidades pacíficas, estando de acordo com as normas do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, do qual é signatário.

O enriquecimento de urânio é um processo essencial para a geração de combustível utilizado no funcionamento de usinas nucleares. Caso esteja enriquecido a mais de 90%, o urânio pode ser usado em armas atômicas. O Irã vinha produzindo havia anos urânio enriquecido a 3,5%, em desafio a três pacotes de sanções aprovados pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

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