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São Paulo – O Irã reduziu a velocidade do processo de enriquecimento de urânio no último mês, mas retomou o ritmo novamente no mesmo dia em que recebeu um pacote de incentivos criado para persuadir Teerã a abandonar esta tecnologia, informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) ontem.

Os inspetores da AIEA descobriram também novos traços de urânio altamente enriquecido em alguns equipamentos no país persa. As análises das amostras "tiradas de alguns equipamentos de uma universidade tecnológica em janeiro de 2006" permitiram comprovar a presença "de uma pequena quantidade de partículas de urânio natural e de urânio altamente enriquecido", segundo o informe ao qual as agências de notícias tiveram acesso.

O urânio altamente enriquecido é componente indispensável ao armamento nuclear. Os inspetores da AIEA ressaltaram, no entanto, que a descoberta de restos de urânio altamente enriquecido em equipamentos no Irã pode se tratar de contaminação de equipamentos importados, não produzidos localmente.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, rejeitou implicitamente o pedido de suspensão do programa nuclear, num discurso em Qazvin (noroeste). "Negociaremos sobre as preocupações comuns e para esclarecer a incompreensão na esfera internacional, mas jamais negociaremos sobre o tipo de tecnologia nuclear que queremos utilizar", disse o presidente.

Em uma entrevista publicada ontem num jornal alemão, o Prêmio Nobel da Paz Eli Wiesel sugeriu que uma ação militar poderia ser necessária para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares.

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