
O governo do Irã indicou ontem que desistiu de aplicar a sentença de morte por apedrejamento de Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada por adultério cujo caso chocou a comunidade internacional. Apesar da mudança, Sakineh ainda será executada, mas por enforcamento.A informação foi divulgada pela Embaixada do Irã em Oslo. A Noruega passou a intervir no caso, recebendo o advogado de Sakineh e dialogando com Teerã para garantir sua proteção.
"O apedrejamento é muito raro no Irã e já foi decidido que essa mulher [Sakineh] não será apedrejada", disse Mohammad Hosseini, diplomata iraniano em Oslo.
Sakineh foi condenada de fato pelo assassinato do marido e sua vida só seria poupada se a família da vítima pedisse.
Grupos de defesa dos direitos humanos acusam Teerã de ter modificado a condenação de Sakineh para justificar sua execução.
Para Mina Ahani, apenas a pressão internacional pode evitar a morte da condenada. Ela lembrou que foi a atuação da Noruega que garantiu que a família do advogado de Sakineh fosse libertada na semana passada.



