Afeganistão
Viúva leva chibatas e é morta
Uma viúva afegã de 48 anos foi chibatada e executada a tiros, em público, no leste do país.
Segundo a polícia local, que revelou o caso ontem, a viúva foi condenada à morte por ter mantido relações sexuais fora do casamento. Ela engravidou de um homem com quem dizia que queria se casar, mas que está desaparecido.
Ela permaneceu em cativeiro por quatro dias antes de ser obrigada a abortar, chibatada e baleada.
Tanto a polícia local quanto as forças da Otan culparam o Taleban, mas o principal porta-voz do grupo negou envolvimento no caso. De 1996 a 2001, enquanto esteve no poder, o Taleban promoveu apedrejamentos e outros castigos públicos para coibir o sexo extraconjugal.
O governo do Irã indicou ontem que desistiu de aplicar a sentença de morte por apedrejamento de Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada por adultério cujo caso chocou a comunidade internacional. Apesar da mudança, Sakineh ainda será executada, mas por enforcamento.A informação foi divulgada pela Embaixada do Irã em Oslo. A Noruega passou a intervir no caso, recebendo o advogado de Sakineh e dialogando com Teerã para garantir sua proteção.
"O apedrejamento é muito raro no Irã e já foi decidido que essa mulher [Sakineh] não será apedrejada", disse Mohammad Hosseini, diplomata iraniano em Oslo.
Sakineh foi condenada de fato pelo assassinato do marido e sua vida só seria poupada se a família da vítima pedisse.
Grupos de defesa dos direitos humanos acusam Teerã de ter modificado a condenação de Sakineh para justificar sua execução.
Para Mina Ahani, apenas a pressão internacional pode evitar a morte da condenada. Ela lembrou que foi a atuação da Noruega que garantiu que a família do advogado de Sakineh fosse libertada na semana passada.
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