• Carregando...
Pessoas caminham ao lado de lojas fechadas por protesto no centro da capital Teerã, Irã, 05 de dezembro de 2022.
Pessoas caminham ao lado de lojas fechadas por protesto no centro da capital Teerã, Irã, 05 de dezembro de 2022.| Foto: EFE

O chefe do Poder Judiciário do Irã, Gholamhosein Mohseni Ejei, anunciou que serão executados alguns dos condenados à morte no país por participar dos protestos ocorridos há cerca de dois meses e meio.

Ejei afirmou que algumas das condenações foram por "corrupção sobre a terra" e "guerra contra deus" e já foram confirmadas por instâncias superiores da justiça iraniana.

As penas "serão aplicadas logo", disse o chefe do Poder Judiciário, após reunião do Conselho Supremo do órgão, conforme publica o jornal reformista "Shargh".

Pelo menos seis pessoas foram condenadas a morte pela participação nos protestos que sacodem o Irã desde 16 de setembro, devido a morte de Mahsa Amini.

A jovem faleceu enquanto estava sob custódia da polícia, após ter sido detida por, supostamente, utilizar de maneira incorreta o véu islâmico.

Os conceitos de "guerra contra deus" e "corrupção na terra", utilizados pela justiça do país, compreendem uma série de crimes contra o islamismo e a segurança pública.

As autoridades locais acusaram mais de 2 mil pessoas por diferentes crimes, devido a participação nas manifestações, em que é pedido o fim da República Islâmica. Destas, ao menos 21 poderiam ser condenadas à morte.

Em quase três meses de protestos, mais de 400 pessoas morreram e, pelo menos, 15 mil foram detidas, segundo a ONG Iran Human Rights, que tem sede em Oslo, na Noruega.

Apesar da forte repressão, novas convocações de manifestações foram feitas para os próximos três dias.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]