• Carregando...

O departamento para o crime organizado da Guarda Revolucionária do Irã acusou a emissora britânica "BBC" de formar uma rede de espionagem clandestina dentro do país, informou neste sábado a agência de notícias local "Mehr".

Segundo a agência, a Guarda Revolucionária, corpo especial de defesa do regime islâmico, revela em um relatório divulgado neste sábado (25) os detalhes da suposta atuação ilegal de pessoas que trabalhariam dentro do Irã para a "BBC" em língua persa. O documento publica os nomes e fotos de alguns deles.

"Baseando-se em uma nova visão colonial do governo britânico e utilizando novos e complicados métodos, criaram uma rede de informações com intenção de reunir dados úteis e específicos sobre centros estratégicos como ministérios destacados, embaixadas estrangeiras e inclusive plataformas petrolíferas", diz a agência.

Essas pessoas, segundo a "Mehr", criaram uma rede de espionagem para atrair clandestinamente políticos e pessoas relacionadas à imprensa para utilizar suas informações a favor de grupos contrários à Revolução Islâmica.

A Guarda Revolucionária anunciou que, em uma primeira fase, identificou cinco pessoas que supostamente colaboravam com a "BBC" e, posteriormente, outras 24, das quais dez estariam fora do país e as demais, processadas na Justiça.

A "BBC" não tem escritório na República Islâmica e o regime proibiu que cidadãos iranianos de trabalhem para a emissora britânica, que negou ter colaboradores no país.

Segundo a emissora, alguns de seus funcionários iranianos que trabalham fora da República Islâmica acusaram o regime de Teerã de assédio contra seus familiares.

As últimas prisões de pessoas supostamente relacionadas à "BBC" no Irã foram anunciadas no último dia 6. As autoridades de Teerã disseram que elas recebiam "grandes quantias financeiras" da emissora britânica.

Em setembro do ano passado, os serviços secretos iranianos detiveram pelo menos seis cidadãos do país, em sua maioria relacionados ao cinema, que supostamente colaboravam com a "BBC", mas a maioria foi posteriormente libertada.

Após as prisões de setembro passado, o ministro de Inteligência do Irã, Heidar Moslehi, acusou a "BBC" de realizar "atividades destrutivas" contra a República Islâmica e afirmou que "não é um meio de comunicação", mas uma cobertura para "missões políticas e de inteligência".

Em novembro, outro suposto colaborador da "BBC", Hassan Fahi, foi detido no Irã e acusado de divulgar mentiras sobre a República Islâmica e de tentar manipular a opinião pública do país.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]