• Carregando...
Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

O Iraque vai fechar os escritórios do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, separatistas) no país e proibirá as atividades do grupo "terrorista" em solo iraquiano, anunciou nesta terça-feira (23) o primeiro-ministro, Nuri al-Maliki.

"O PKK é uma organização terrorista e tomamos a decisão de fechar suas dependências e proibi-lo de atuar em solo iraquiano", diz Al-Maliki em comunicado divulgado após uma reunião com o ministro das Relações Exteriores turco, Ali Babacan.

"Centralizaremos todos nossos esforços para eliminar suas atividades terroristas que ameaçam o Iraque e a Turquia", acrescentou.

Soldados capturados

A agência de notícias pró-curda "Firat", ligada aos separatistas curdos, publicou nesta terça-feira (23) o que apresentou como sendo fotos dos oito soldados turcos tomados como reféns neste domingo (21). "As fotos mostram que os soldados estão em boa saúde", informou a agência em seu site, mostrando-os sozinhos ou em grupo.

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, separatistas) afirma ter capturado vivos os oito soldados turcos após uma emboscada feita pelo PKK perto da aldeia de Daglica e de violentos combates domingo entre o exército turco e os rebeldes curdos no sudeste do país, na fronteira iraquiana. Doze soldados e 34 rebeldes foram mortos nos confrontos.

O exército turco confirmou nesta segunda-feira (22) que oito soldados foram dados como desaparecidos a partir destes choques.

O PKK afirmou que era a sétima vez que capturava soldados turcos desde o desencadeamento, em 1984, de uma sangrenta luta armada. O partido, considerado uma organização terrorista por Estados Unidos, Turquia e União Européia, revelou nesta segunda os nomes dos soldados capturados em comunicado publicado pela agência Firat. Ataque turco

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta terça-feira (23), em Londres, que o Exército do seu país pode exercer "a qualquer momento" o mandato que recebeu do Parlamento para lançar um ataque militar contra os rebeldes curdos.

Também nesta segunda-feira, o governo turco proibiu a veiculação de notícias sobre a morte de soldados do país em combates contra os militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). "Isto poderia causar uma imagem de fraqueza de nossa segurança", diz nota.

Em entrevista coletiva junto com o chefe do governo britânico, Gordon Brown, Erdogan disse que a Turquia tem que tomar suas "próprias decisões" e "não pode esperar para sempre" que o governo iraquiano decida agir contra os insurgentes.

"O governo iraquiano deve saber que podemos exercer este mandato que recebemos do Parlamento turco a qualquer momento", afirmou.

No entanto, o chefe do governo esclareceu que uma operação militar só seria feita contra os rebeldes do PKK.

O primeiro-ministro turco disse que falou com Brown sobre a luta contra o terrorismo, porque a segurança dos cidadãos é a máxima responsabilidade de qualquer Governo.

Pouco antes, Brown condenou "totalmente" e "sem dúvidas" a violência do PKK contra soldados turcos, e insistiu em que o Reino Unido trabalhará para conseguir uma solução diplomática, a fim de impedir que os insurgentes atuem a partir de bases no Iraque.

O premiê britânico disse que proibirá o PKK e organizações associadas com o grupo no Reino Unido, e intensificará a cooperação com a Turquia no âmbito antiterrorista.

"No que diz respeito ao Iraque, aceleraremos todos os esforços necessários para que os terroristas não passem a partir do Iraque" para a Turquia, disse Brown.

"Acreditamos que as ações que estamos dispostos a tomar no nível internacional darão mais apoio ao Governo turco nestas difíceis circunstâncias", acrescentou.

"Trabalharemos juntos para enfrentar qualquer ataque terrorista", completou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]