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Bagdá (EFE/Folhapress) – Os líderes das facções políticas iraquianas se uniram para pedir uma data de saída dos soldados estrangeiros do Iraque. A coalização liderada pelos Estados Unidos mantém o país sob tutela há dois anos e meio. A cobrança partiu de uma conferência realizada no Cairo (Egito) pela Liga Árabe, entre os líderes iraquianos. Cerca de cem representantes xiitas, sunitas e curdos assinaram em conjunto um comunicado exigindo uma data para a retirada.

No entanto, o país parece estar longe de se reestruturar. A guerra do Iraque pode durar décadas, segundo um estudo divulgado ontem no Reino Unido. A pesquisa foi feita pela organização não-governamental Oxford Research Group. No mais grave incidente de ontem, um suicida com um carro-bomba se explodiu numa estrada nas imediações de Kirkuk, 290 quilômetros ao norte de Bagdá, matando 18 pessoas, entre elas 10 policiais, e deixando 26 feridas. Os insurgentes atacaram um policial e em seguida provocaram a explosão quando veículos da polícia se apressavam em socorrê-lo.

A saída dos militares de outros países terá que ser feita em consonância com o programa nacional de reorganização das forças de segurança iraquianas, admitem os líderes iraquianos. "O povo iraquiano espera o dia em que as forças estrangeiras vão deixar o Iraque, e quando as forças de segurança do país estarão aptas a proporcionar a paz", diz o comunicado.

Em resposta ao pedido dos iraquianos, o porta-voz do Departamento norte-americano de Estado, Justin Higgins, afirmou que os "Estados Unidos apóiam a conferência e o estabelecimento de uma discussão entre várias comunidade políticas e religiosas do Iraque’’. Sobre a retirada dos soldados, Higgins disse que a é necessário, primeiro, estabilidade.

Sindicalistas iraquianos fazem pressão interna pela reestruturação rápida do governo. Além disso, pedem agilidade no julgamento do presidente deposto Saddam Hussein.

O ministro iraquiano do Interior, Bayan Jabr, afirma que as forças norte-americanas poderão deixar o Iraque a partir do final de 2006, de acordo com determinação das Nações Unidas. "Até o meio de 2006, teremos 75% das forças de segurança iraquianas reconstituídas’’, prevê.

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